Mercado externo segue estável nesta sexta; por aqui, investidores aguardam por dados de serviço

As bolsas globais sinalizam dia morno nesta sexta-feira, 12, mostrando tendência de leve alta. Os investidores ficam na dúvida se acompanham os discursos de autoridades monetárias ou se continuam reticentes. O certo é que grande parte do mercado continua aguardando por sinais de que as pressões sobre os preços estão realmente se alinhando, por conta do arrefecimento da pandemia.

A maior tensão desta semana foi a surpresa da forte alta na inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro dos Estados Unidos. No acumulado em 12 meses, apresentou uma taxa de 6,2% – maior pico em 30 anos.

Na Ásia, as bolsas encerraram a semana de forma mista, com os investidores ainda preocupados com os problemas do setor imobiliário na China. Ainda surgem dúvidas se autoridades chinesas irão ajudar as incorporadoras, que estão bastante endividadas.

Enquanto isso, as bolsas europeias e os futuros americanos abrem próximo da estabilidade, com os investidores de olho na inflação e à espera das próximas decisões sobre os juros e o início da redução de estímulos.

A agenda econômica reserva a divulgação da criação de emprego dos EUA, às 12h. Na zona do euro, foi publicada a produção industrial, que recuou 0,2% em setembro em comparação com agosto, segundo dados da agência oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat. Na comparação anual, a produção 5,2%, ante expectativa de alta de 4,1% dos analistas.

Quanto às commodities, o preço do barril do petróleo apresenta baixa nesta sexta-feira, com as expectativas de que os Estados Unidos aumentem a oferta de petróleo para tentar reduzir o preço e conter a pressão inflacionada. O preço do minério de ferro também está em baixa, com os chineses aumentando os estoques de minério nos portos do país. Atenção para as ações das petroleiras, da Vale e das siderúrgicas.

No Brasil, às vésperas do feriado, as atenções se voltam para os últimos resultados corporativos, já que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios está em stand-by, aguardando a votação no Senado.

Ontem algumas empresas, principalmente as de consumo e de serviços, mostraram certa preocupação com a disparada da inflação aos dois dígitos em 12 meses, pressionada pelo câmbio e falta de matérias-primas.

Na agenda econômica, as atenções ficam para a divulgação dos dados de serviço em setembro, que ajudará a determinar se a atividade econômica realmente dá sinais de desaceleração. Os investidores ainda acompanharão a divulgação os balanços do terceiro trimestre, que entram na reta final (na próxima terça-feira serão divulgados os últimos da temporada). Os destaques de hoje ficam pela publicação dos resultados de Cogna, BR Malls, Cosan, CVC e Enjoei.