Méliuz (CASH3) pode oferecer Bankly a clientes internacionais, mas não no curto prazo – veja detalhes

Plataforma de serviços financeiros teve crescimento de 224% no volume de pagamentos

Foto: Divulgação

Apesar de o cashback ainda corresponder a quase toda a linha de receitas do Méliuz (CASH3), a aposta da companhia em seu braço de serviços financeiros, o Bankly, segue com força total – e pode chegar a mercados internacionais.

Enquanto o valor total de vendas do Méliuz cresceu 66% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021, para R$ 1,6 bilhão, o volume total de pagamentos do Bankly teve expansão de 224%, para R$ 8,3 bilhões.

Durante a teleconferência de resultados na manhã desta terça-feira (10), Israel Salmen, CEO do Méliuz, acenou para a possibilidade de passar a oferecer os serviços financeiros prestados pelo Bankly a clientes internacionais, a começar pela Picodi, plataforma de cupons com presença em mais de 40 países adquirida pelo Méliuz em fevereiro de 2021.

“Fizemos vários estudos com o time da Picodi para mapear esse tipo de solução fora do Brasil, e essa é sim uma possibilidade, ainda mais sabendo que a Picodi já seria um primeiro cliente”, diz o executivo.

Essa empreitada, porém, não deve ocorrer no curto prazo. “A Picodi segue focada na maturação do modelo de cashback. Mas é algo que está no nosso radar”, completa Salmen.

No curto prazo, o foco do Méliuz, de acordo com o CEO, segue na combinação de seus negócios de cashback e serviços financeiros, usando a base de clientes da plataforma para destravar mais valor por meio da oferta de novos produtos.

“O Méliuz vem para o mundo de serviços financeiros com uma base de clientes forte. E agora chegou a hora de colher isso. Vamos permanecer focados nessa venda cruzada”, diz o executivo, que ressalta que a empresa não deve abrir mão do crescimento da base de usuários neste processo.

A plataforma encerrou o primeiro trimestre de 2022 com 23,6 milhões de contas, crescimento de 44% na comparação com os mesmos três meses do ano passado.

Além de aumentar a oferta de produtos para a própria base de clientes do Méliuz, o Bankly também tem potencial de gerar valor por meio da oferta de seus serviços para outros clientes. “Recebemos muitos leads de forma orgânica de clientes que possuem uma base de usuários e que querem trazer serviços financeiros para esta base”, diz Salmen.

Sobre o Bankly

O Méliuz adquiriu o Grupo Acesso, que opera sob a marca Bankly, em maio de 2021, por R$ 324,5 milhões.

Na época, a empresa declarou que “a associação com a Acesso e sua equipe de gestão marca mais um passo na expansão do ecossistema de serviços financeiros do Méliuz, permitindo o desenvolvimento de soluções em contas digitais, pagamentos e outros temas relacionados a serviços e produtos transacionais”.

A empresa ressaltou ainda que a combinação dos negócios permitiria que o Méliuz se tornasse “protagonista no desenvolvimento e construção de uma solução que atenda as expectativas dos seus usuários”, e afirmou que possibilitaria ampliar o engajamento da base de usuários e aumentar a venda cruzada de produtos que já existiam.

Mais recentemente, em março deste ano, o BC (Banco Central) aprovou a transferência do controle societário do Grupo Acesso para o Méliuz – operação que deverá ser discutida pelos acionistas da companhia em assembleia de 30 de maio.

Por volta de 13h22 (de Brasília), as ações ordinárias da Méliuz caiam 1,24%, cotadas a R$ 1,59.

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