Margem financeira cresce e lucro da Caixa Econômica salta 69,7% no 3º trimestre, para R$ 3,2 bilhões

Carteira de crédito ampliada encerrou o trimestre em setembro com saldo de R$ 842,3 bilhões

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal (CEF) registrou um lucro líquido de R$ 3,2 bilhões durante os meses de julho a setembro de 2021, o que significa uma expansão de 69,7% na base anual em decorrência do aumento na margem financeira e redução nas provisões contra perdas com empréstimos inadimplentes. No acumulado do ano, o lucro somou R$ 14,1 bilhões, salto de 87,4% frente aos nove primeiros meses de 2020.

Por outro lado, em relação ao segundo trimestre deste ano, o lucro líquido do banco foi 48,8% menor. Na época, o resultado da instituição financeira havia sido influenciado pela oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do seu braço de seguros, a Caixa Seguridade (CXSE3).

A estatal apontou que sua carteira de crédito ampliada encerrou o trimestre em setembro com saldo de R$ 842,3 bilhões, crescimento de 11,3% no comparativo anual e de 3,2%, no trimestral.

O aumento foi motivado pelo crescimento em 12 meses de 79,4% em agronegócio; 28,5% em crédito comercial pessoa jurídica, principalmente para micro e pequenas empresas; 18,4% em crédito consignado; 8,7% em habitação; e 5,8% em saneamento e infraestrutura.

“No terceiro trimestre de 2021 foram concedidos R$ 118,1 bilhões em crédito para a população brasileira, crescimento de 8,5% em relação ao segundo trimestre, com destaque para os aumentos de 429,1% em saneamento e infraestrutura”, destaca a Caixa no balanço divulgado na manhã desta quinta-feira, 18.

De acordo com o banco estatal, o índice de inadimplência finalizou o período em 2,16%, redução de 0,30 ponto percentual frente aos meses de abril a junho deste ano. As despesas com provisão para devedores duvidosos totalizaram R$ 2,975 bilhões, queda anual de 19%.

A margem financeira do grupo foi de R$ 12,2 bilhões, variação positiva de 27,8% ante o terceiro trimestre de 2020. Segundo a Caixa, o crescimento é decorrente dos aumentos de 258,8% do resultado de títulos e valores mobiliários, e instrumentos financeiros derivativos; e de 15,2% nas receitas com operações de crédito.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) contábil somou 19,8% no período em análise, avanço de 5,6 pontos percentuais em comparação a igual intervalo do ano anterior. Já o Índice de Basileia, que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer seu capital, ficou em 20,8%, aumento de 3 p.p. em 12 meses.

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