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Mais médicos? Decisão do governo pode ampliar mina de ouro do setor de educação

Decreto do MEC pode ampliar oferta de cursos de Medicina, o queridinho das empresas de educação

Foto: Shutterstock/janews

No apagar das luzes de 2022, o governo federal tomou uma decisão que pode beneficiar várias das empresas de educação listadas na Bolsa. A avaliação é do BTG Pactual, que, no entanto, segue cauteloso em relação às ações deste segmento.

Em 31 de dezembro, o Ministério da Educação voltou a permitir a criação de novos cursos de Medicina. A abertura de novas vagas estava proibida desde 2018, mas algumas empresas conseguiram criar vagas de lá para cá acionando a Justiça.

Os cursos de Medicina costumam ser mais rentáveis para as empresas de ensino superior por causa do preço elevado das mensalidades e ocupam um espaço significativo na receita das companhias.

Na Anima (ANIM3), por exemplo, os cursos de Medicina responderam por 30% do faturamento no terceiro trimestre deste ano, enquanto na Yduqs  (YDUQ3) e na Ser Educacional (SEER3) ficaram perto de 20% da receita.

Relembre:
Ação da Yduqs (YDUQ3) dispara após segmento premium mostrar resiliência no 3º trimestre

Sob as novas regras, agora é possível solicitar a criação de vagas de cursos de Medicina, e todos os cursos terão de respeitar os critérios determinados pelo governo. Até então, os cursos criados após ações na Justiça estavam livres de cumprir essas exigências.

“Embora a nova legislação possa ser modificada nos próximos dias, já que o novo governo tomou posse no domingo, vemos implicações mistas para as empresas listadas. Apesar de aumentar a concorrência no setor, claramente vai beneficiar as companhias que forem contempladas com novas vagas de Medicina”, disse o BTG Pactual, em relatório.

O banco acrescenta ainda que os movimentos de preço das ações do setor de educação devem ficar altamente dependentes do noticiário sobre as medidas adotadas pelo governo, incluindo não só mudanças nas regras para os cursos de Medicina, mas também decisões relacionadas ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

O BTG aponta que, diante do recente aumento nas taxas de juros de longo prazo, as empresas de educação ainda podem enfrentar obstáculos relacionados aos níveis de endividamento atual, o que impede previsões otimistas sobre o setor.

O banco só recomenda a compra das ações da Ânima e da Vitru (VTRU).

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