A semana de 8 a 14 de junho de 2025 foi marcada por eventos relevantes nos cenários econômico e político, tanto no Brasil quanto no exterior. No âmbito doméstico, o destaque ficou por conta da divulgação do IPCA, que registrou alta de 0,26%, resultado abaixo das expectativas do mercado e interpretado como um sinal positivo no combate à inflação.
Ainda no Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou no domingo (8) propostas alternativas à elevação do IOF, com o objetivo de manter a meta de arrecadação dentro das diretrizes do novo arcabouço fiscal. Já na quarta-feira (11), o governo federal editou uma medida provisória que promove uma significativa reforma na tributação de aplicações financeiras, o que pode alterar a dinâmica do mercado nos próximos meses.
No cenário internacional, as atenções se voltaram para as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que culminaram em um acordo preliminar para reverter parte das sanções tarifárias adotadas recentemente. Pelo novo entendimento, os EUA devem aplicar uma tarifa de 55% sobre produtos chineses, enquanto a China manterá taxas de 10% sobre bens americanos, aguardando ainda a aprovação oficial de Pequim.
Na sexta-feira (13), o sentimento de aversão ao risco aumentou após Israel atacar instalações nucleares no Irã, elevando os temores de uma escalada do conflito no Oriente Médio. Como resultado, o preço do petróleo disparou, impulsionando ações de empresas do setor de petróleo energia, especialmente devido às preocupações com a oferta da commodity em uma região considerada estratégica para o mercado global.
Principais variações do Ibovespa na semana:
Em suma, a semana no Ibovespa foi influenciada por um cenário macroeconômico misto, com a desinflação no Brasil e tensões geopolíticas elevando o petróleo. As cinco maiores altas, incluindo Petrobras (PETR3, PETR4), PetroRecôncavo (RECV3) e Brava Energia (BRAV3), foram impulsionadas principalmente pela valorização do petróleo e por movimentos estratégicos. Por outro lado, as maiores baixas, como CVC (CVCB3), Raia Drogasil (RADL3), Usiminas (USIM5), Raízen (RAIZ4) e IRB Brasil RE (IRBR3), refletiram a sensibilidade do turismo e varejo aos juros altos, desafios setoriais e a queda do minério de ferro.