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Maior reservatório da Sabesp (SBSP3) está abaixo do nível de 2021, mas ainda não preocupa, diz Planner

Sistema Cantareira está aquém dos níveis de anos anteriores, mas em recuperação, apesar de chuvas irregulares

O Sistema Cantareira, maior conjunto de reservatórios da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), está com um nível de água menor que o do mesmo período do ano passado apesar das chuvas acima da média em janeiro. No entanto, a situação ainda não é preocupante, de acordo com análise da corretora Planner.

Segundo a Sabesp, em janeiro o Sistema Cantareira recebeu um volume de 322 milímetros de chuva, 22% acima da média histórica de 267,7 mm. Com isso, o nível de água nos reservatórios da região subiu de 24,9% no final do ano passado para 36,1% nesta quinta-feira (3).

Este nível é menor que o observado no mesmo dia do ano passado (42,9%) e de 2020 (46,7%), porém é superior ao registrado em 3 de fevereiro de 2014, ano da pior crise hídrica em décadas na região Sudeste e que resultou no ressecamento total das represas, com a Sabesp tendo que instalar infraestrutura para água da reserva técnica do Sistema Cantareira.

Para o analista financeiro Victor Martins, da Planner, a situação atual não é preocupante porque a soma do volume de todos os reservatórios da Sabesp – são mais seis sistemas, além do Cantareira – está acima de 50% e, após a última crise, vários tipos de investimentos foram feitos no setor para mitigar o risco de desabastecimento. A Planner atribui preço-alvo de R$ 32 para as ações da Sabesp, que por volta das 17h30 subiam 0,41%, a R$ 36,57.

O período de chuvas na região Sudeste – que vai de outubro a março – tende a ser irregular neste ano por causa do fenômeno meteorológico La Niña. Em 2021, por exemplo, novembro e dezembro tiveram chuvas abaixo da média histórica, diferentemente de janeiro deste ano, quando choveu mais do que o comum.

De acordo com a meteorologista Ana Clara Marques, da Climatempo, há um déficit de chuvas na região Sudeste pelo menos desde 2012, e o ano passado foi marcado por chuvas abaixo da média histórica no período úmido. A especialista também aponta que em 2019 e 2020 a região Sudeste – e consequentemente os reservatórios da Sabesp – foi atingida por uma estiagem tardia, que fez o período seco terminar mais tarde do que de costume.

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