A queda dos preços da celulose, causada pelo excesso de oferta, deve continuar no curto prazo e mostrar sinais de alívio apenas no final deste semestre, conforme a demanda cresce, sobretudo na China. Depois, a commodity deve voltar a ter um período de baixa, que durará até 2024.
É o que afirma um relatório do UBS BB divulgado nesta quinta-feira (2), após reunião com representantes da TTOBMA, consultoria especializada no mercado de papel e celulose.
Diante deste contexto, o banco recomenda compra das ações da Klabin (KLBN11) e neutralidade (nem compra, nem venda) para as ações da Suzano (SUZB3).
Por volta das 11h55, as duas empresas estavam entre as maiores quedas do Ibovespa, com recuo de 2,44% e 2,29%, respectivamente.
Segundo os analistas, a estabilização dos preços deve ocorrer em algum momento no segundo trimestre com o reabastecimento na China, que começou a dar sinais de reabertura da economia no início de 2023 após anos de uma rígida política contra a Covid-19.
“A demanda por celulose na China se contraiu nos últimos dois anos, o que implica em algum espaço para crescimento a partir da reposição de estoques”, afirmaram.
A estabilização, porém, deve ter fôlego curto, já que se espera que a oferta de celulose volte a superar a capacidade de absorção da indústria até o fim deste ano e impacte nos preços até 2024.
Conforme o relatório, a produção das indústrias deve registrar aumento de 5,3% neste ano, abaixo da previsão de alta de 2,4% por parte da demanda.