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Lucro da Tesla (TSLA) cresce mais de 7 vezes e anima investidores; ação sobe 5% no pós-mercado

Resultados da montadora para o primeiro trimestre vieram acima das expectativas de especialistas

Foto: Divulgação

Após divulgar lucro de US$ 3,3 bilhões para o primeiro trimestre de 2022, alta de 658% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e o melhor resultado da história da empresa, as ações da Tesla (TSLA) tinham alta de 4,46% no pós-mercado americano por volta das 19h30, a US$ 1.020,77.

Além do lucro, a receita de US$ 16,19 bilhões, que representa alta de 81% em relação ao mesmo período de 2021, e a margem da divisão de automóveis de 32,9%, expansão de 6,36 pontos percentuais, também ficaram acima das expectativas do mercado.

O resultado é especialmente positivo, na análise de Natan Epstein, sócio da Catarina Capital, considerando o ambiente de inflação global de insumos, e reflete tanto um aumento no preço médio quanto um controle de custos melhor do que o esperado.

“O impacto inflacionário na nossa estrutura de preços contribuiu para ajustes na precificação de nossos produtos, apesar de um foco continuado em reduzir nossos custos de produção onde possível”, disse a companhia na apresentação do balanço.

Além disso, Epstein aponta que alguns riscos de execução que preocupavam o mercado saíram do horizonte nos últimos meses, especialmente as dúvidas sobre o início de produção das fábricas de Austin e Berlim, que foram inauguradas recentemente.

Inclusive, o especialista aponta que a fábrica de Berlim pode jogar a favor das margens da companhia, permitindo que os veículos vendidos para a Europa sejam produzidos localmente. A planta em Austin, por outro lado, pode ser um avanço nos planos da empresa de verticalizar sua cadeia produtiva nos Estados Unidos, pois será uma das principais unidades de produção de baterias, diz Epstein.

Apesar do panorama geral positivo, o gestor aponta que o recente lockdown na China, que afetou a produção no final de março, pode impactar os resultados do segundo trimestre. “A fábrica de Xangai é capaz de produzir 450 mil veículos por ano, pouco menos da metade da capacidade total estimada da empresa para 2022”, explica.

“Desafios em termos de cadeia de suprimentos permaneceram persistentes, e nosso time tem navegado por eles há mais de um ano. Além da escassez de chips, surtos de Covid-19 têm pesado nas operações de nossa cadeia de produção e nossas fábricas. Além disso, os preços de algumas matérias-primas aumentaram muito nos últimos meses”, diz a companhia.

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