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Lucro da Cosan cresce 10 vezes no 3º tri puxado por IPO da Raízen

Desconsiderando efeitos extraordinários, lucro aumentou 6,5% no período, para R$ 531 milhões

O lucro da Cosan aumentou dez vezes no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 3,4 bilhões, um resultado recorde impulsionado pelos ganhos obtidos com a abertura de capital da Raízen e com a aquisição da Biosev. A receita líquida da companhia cresceu 85,5% na mesma base de comparação, para R$ 6,9 bilhões.

Em termos ajustados, que desconsideram do resultado da Cosan os efeitos extraordinários decorrentes das operações da Raízen, o lucro líquido aumentou 6,5% no terceiro trimestre, para R$ 531 milhões. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia, também ajustado para excluir estes efeitos não recorrentes, aumentou 6,7%, para R$ 3,4 bilhões.

Nos comentários por área de negócio, a Cosan informou que, no caso da Raízen, embora a safra de cana de açúcar 2021/22 continue sendo prejudicada pela estiagem e por alguns focos de queimadas e as geadas, que diminuíram a produtividade de canaviais na região Centro-Sul do país, os impactos na empresa foram atenuados.

A moagem no trimestre foi de 37,3 milhões de toneladas – queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado – e foram produzidos 5,2 milhões de toneladas de açúcar equivalente – redução de 6% -, com 53% do mix de produção destinado ao açúcar.

“A redução da disponibilidade de cana impactou o custo caixa, pressionado pelo efeito de menor diluição dos custos fixos e da inflação nos insumos e matéria-prima”, disse a companhia, acrescentando que o ebitda ajustado da área de renováveis da Raízen cresceu 63% no terceiro trimestre em relação a um ano antes, para R$ 1,8 bilhão, diante de preços mais altos para os biocombustíveis. No segmento de açúcar, o ebitda ajustado caiu 21%, para R$ 603 milhões

“O resultado reflete a menor comercialização de açúcar no trimestre, em linha com a estratégia do ano, que concentrará maior volume de vendas no segundo semestre da safra. Adicionalmente, a quebra da safra na região Centro-sul causou redução na produção de açúcar. O aumento de participação da Raízen na cadeia de
valor do açúcar e o cenário mais positivo de preços da commodity, resultaram em maiores preços no trimestre”, disse a companhia.

Na divisão de marketing e serviços da Raízen, o ebitda ajustado cresceu 1%, para R$ 917 milhões, com recorde no volume vendido – a alta foi de 15% ante o terceiro trimestre de 2020 e de 5% frente ao mesmo período de 2019, que antecedeu a pandemia de covid-19.

“A demanda do ciclo Otto segue acelerada, com a retomada cada vez maior da circulação de pessoas. No Diesel, o
crescimento do consumo tem sido ainda mais significativo, alavancado por alguns setores da economia como o
agronegócio e o de transporte de cargas e passageiros. Em aviação, intensificamos o foco de atuação em setores com
maior rentabilidade, à medida que a malha aérea retoma gradualmente, que deve ser intensificada com a abertura das fronteiras e perspectiva de volta de voos internacionais”, disse a Cosan.

A empresa também divulgou aumento no ebitda ajustado da Compass Gás e Energia (+35%, para R$ 871 milhões) puxado pelo aumento no volume distribuído pela Comgás (+14%).

“No segmento industrial, a alta foi de 10% diante da retomada das atividades de quase todos os setores atendidos. Além da indústria, a demanda do segmento comercial também apresentou crescimento relevante (+29%), diante da flexibilização das restrições no período”.

Na Moove, o ebitda ajustado caiu 12%, para R$ 157 milhões diante da redução de 26% no volume de vendas de graxas e lubrificantes, enquanto na Rumo o ebitda ajustado caiu 19%, para R$ 903 milhões diante da redução de 7% no volume transportado – uma consequência da quebra da safra do milho, segundo a Cosan.

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