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IPCA: preços caem de novo em agosto, mas em ritmo menor, e inflação de alimentos desacelera

Preços de combustíveis continuaram caindo e ajudaram IPCA a registrar nova queda

Foto: Shutterstock

A queda no preço dos combustíveis levou o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) a recuar em agosto pelo segundo mês seguido.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice caiu 0,36% em agosto na comparação com julho, quando apresentou queda mensal de 0,68%.

O resultado, segundo dados compilados pelo Banco Central, veio praticamente em linha com a queda de 0,35% esperada pelo mercado. No acumulado de 2022, o IPCA registra alta de 4,39% e, nos últimos 12 meses, de 8,73%.

De acordo com Pedro Kislanov, gerente do IBGE responsável pelos dados, a queda nos preços da economia brasileira em agosto ainda foi reflexo de preços menores para a energia elétrica e a gasolina – em parte por causa da redução das alíquotas de ICMS que incidem sobre estes produtos.

No entanto, a queda no preço destes itens foi menos intensa que em julho. Naquele mês, os preços da gasolina tinham caído 15,48%, enquanto em agosto a queda foi menor, de 11,64%, afirmou.

No caso da energia elétrica,  a redução das alíquotas ficou mais concentrada em julho, e em alguns locais, como Vitória e Belém, ainda houve reajuste nas tarifas em agosto.

Além disso, houve aceleração na inflação de alguns grupos, como saúde e cuidados pessoais (1,31%) e vestuário (1,69%).

No grupo de saúde e cuidados pessoais a inflação está ligada ao aumento de preços de itens de higiene pessoal (2,71%) e plano de saúde (1,13%).

Entre os itens de vestuário, destaque para a alta no preço das roupas femininas (1,92%), masculinas (1,84%) e os calçados e acessórios (1,77%).

gráfico de linha com histórico da variação mensal do IPCA

Queda no preço das passagens aéreas

Os preços das passagens aéreas também caíram em agosto (-12,07%), após quatro meses consecutivos de alta. Para Kislanov, a sazonalidade é uma das explicações para esse resultado.

“Essa é uma comparação com julho, que é um mês de férias e há aumento da demanda. Além disso, foram quatro meses seguidos de alta, o que eleva a base de comparação. Também há o impacto da redução do querosene de aviação nesse período”.

Preços de alimentos sobem, mas com menos força

A inflação dos alimentos e bebidas (0,24%) desacelerou em agosto ante julho (1,30%). Itens importantes na mesa das famílias tiveram inflação, como o frango em pedaços (2,87%), o queijo (2,58%) e as frutas (1,35%). Mas também houve queda nos preços do tomate (-11,25%), da batata-inglesa (-10,07%) e do óleo de soja (-5,56%). Isso fez com que o resultado da alimentação no domicílio (0,01%) ficasse próximo da estabilidade.

O leite longa vida teve queda de 1,78% nos preços em agosto. “Nos últimos meses, os preços do leite subiram muito. Como estamos chegando ao fim do período de entressafra, que deve seguir até setembro ou outubro, isso pode melhorar a situação. Mas no mês anterior, a alta do leite foi de 25,46%, ou seja, os preços caíram em agosto, mas ainda seguem altos”, disse Kislanov.

A alimentação fora do domicílio avançou 0,89%, com a refeição passando de 0,53%, em julho, para 0,84%, em agosto.

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