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Interessado em Prio (PRIO3) ou 3R (RRRP3)? O BofA listou 6 fatores que podem movimentar as ações; confira

Aversão ao risco, risco político, preços de petróleo e investimentos da indústria estão na lista

Foto: Shutterstock

Está interessado ou já investe em empresas do setor petrolífero? A equipe de análise do BofA listou seis temas que podem definir o futuro das ações de companhias desse setor na América Latina, em especial a Prio (PRIO3) e a 3R Petroleum (RRRP3). Ambos os papéis possuem recomendação de compra pela instituição.

Três temas – tolerância global ao risco, risco político regional e preços do petróleo – dependem da conjuntura macroeconômica. Os outros três fatores são vinculados à dinâmica do próprio setor: margem das petroquímicas, investimentos da indústria do petróleo e o futuro da energia na Argentina.

A maioria desses fatores foi amplamente negativa para o desempenho das ações do setor no acumulado do ano. Os aumentos das taxas de juros globais tiveram um efeito decididamente negativo no desempenho do mercado. As margens petroquímicas têm caído mais do que o esperado devido a receios econômicos globais”, apontam Frank McGann e Leonardo Marcondes, analistas do BofA.

No Brasil, contudo, a realidade se mostra diferente para as duas empresas de destaque no relatório. Do primeiro pregão do ano pra cá, as ações da 3R Petroleum já valorizaram 24%, enquanto as da Prio avançaram 55,5%.

Dentre os temas tratados pelos analistas, a questão da tolerância global ao risco vislumbra a queda recente das bolsas globais por conta de aumentos nas taxas de juros nos EUA e Europa. Para o BofA, o risco global parece “permanecer elevado no médio prazo”, o que pode limitar o desempenho das ações por agora. Contudo, a equipe da casa avalia que investidores já começam a analisar quando essa tendência de baixa dos mercados vai acabar.

Em relação ao risco político, o BofA acredita que a maioria dos países da América Latina vive um ambiente político cada vez mais desafiador, que tem afetado o desempenho das ações. “Olhando para o futuro, o resultado da eleição política brasileira pode ser importante”, destacam os analistas.

Por fim, o último tema macroeconômico tratado pelos analistas é o preço do petróleo tipo Brent. O BofA espera que os preços globais do petróleo permaneçam altos até 2023, numa média de US$ 100 por barril para o ano inteiro.

Avaliando as razões setoriais, o banco espera que os investimentos globais das empresas continuem a crescer, o que pode gerar mais produção nas petrolíferas.

Além disso, o BofA cita que as margens das petroquímicas, que se enfraqueceram durante a crise causada pela pandemia, parecem ter se normalizado. Isso pode ajudar ações de empresas como Braskem (BRKM5), por exemplo. A petroquímica, vale ressaltar, também possui recomendação de compra para o BofA.

Por fim, os analistas monitoram o momento da Argentina, que atravessa uma crise econômica e inflacionária. Eles destacam que o governo tem tomado medidas para controlar os preços de energia no país, mas que o futuro ainda é incerto.

O que pode beneficiar Prio e 3R?

No caso da Prio, o BofA diz acreditar que as ações podem se beneficiar dos altos preços do petróleo, o que levantaria os lucros da empresa.

Além disso, participações adquiridas recentemente no Campo de Frade e o desenvolvimento potencial do Campo de Wahoo podem mudar o jogo de forma positiva para a empresa. Caso essas expectativas não se concretizem, o espaço para as ações subirem pode ser menor do que o esperado.

Já em relação à 3R, McGann e Marcondes avaliam que o upside (potencial de valorização) dos papéis pode ser embalado por uma maior produção de óleo e gás nos seus ativos adquiridos nos últimos anos, além de uma melhor governança corporativa.

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