Ibovespa recua com foco em mudanças fiscais e dados dos EUA

O Ibovespa iniciou o pregão desta quinta-feira (12) em queda de 0,18%, aos 136.878 pontos. O movimento reflete a cautela dos investidores diante da publicação de um decreto que revê parte do aumento do IOF, da divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos e da confirmação de um novo acordo comercial entre China e EUA.

Na véspera, o governo Lula editou uma medida provisória que promove uma ampla reestruturação na tributação de aplicações financeiras. Entre os principais pontos, está o fim da isenção de Imposto de Renda sobre os títulos incentivados, como LCA e LCI, que passarão a ser tributados em 5% a partir de 2026. Segundo o governo, a isenção distorce o mercado, elevando os juros de outras modalidades. A MP também estabelece uma alíquota única de 17,5% para diferentes tipos de investimentos, incluindo criptomoedas, substituindo a tabela regressiva atual, que varia de 22,5% a 15% conforme o prazo da aplicação.

Outras mudanças relevantes incluem o aumento da alíquota sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP), que sobe de 15% para 20%, e da CSLL das fintechs, de 9% para 15%. A taxação sobre as apostas eletrônicas (bets) também foi elevada de 12% para 18%.

No exterior, o PPI dos EUA registrou alta de 0,1% em maio, resultado abaixo da expectativa de 0,2%, sugerindo uma inflação moderada. Em 12 meses, o indicador avançou 2,6%, em linha com as projeções do mercado, o que pode reforçar a manutenção de uma postura mais cautelosa do Federal Reserve em relação aos juros.

Já no front internacional, a China confirmou nesta quinta-feira o acordo comercial anunciado pelos Estados Unidos após conversa entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump. O entendimento marca uma trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, após impasses anteriores envolvendo restrições às exportações e sanções tecnológicas. O governo chinês destacou que, uma vez alcançado o consenso, ambos os lados devem cumpri-lo, sinalizando comprometimento com o acordo firmado.

Por volta das 10h49, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

Altas

• Marcopolo (POMO4): +2,03%

• Petrobras (PETR3): +1,02%

• Petrobras (PETR4): +0,84%

Baixas

• Brava Energia (BRAV3): -2,45%

• PetroRecôncavo (RECV3): -2,23%

• Usiminas (USIM5): -2,13%
  
  
  
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