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Ibovespa descola dos pares internacionais e sobe apoiado nas petrolíferas

Às 13h10, o principal índice da B3 subia 0,55%, aos 111.618 pontos

Foto: Shutterstock

Se ontem, os papéis da Petrobras (PETR4) pressionaram o Ibovespa para baixo, nesta terça-feira (31) o cenário é o oposto. Além da estatal, outras petrolíferas sobem acompanhando o preço do petróleo no mercado externo, o que ajuda o índice a operar no campo positivo.

Às 13h10, o principal índice da B3 subia 0,55%, aos 111.618 pontos, enquanto a Petrobras valorizava 0,70%. No mesmo momento, outras empresas do setor como a 3R Petroleum (RRRP3) e a PetroRio (PRIO3) cresciam 3,14% e 2,30%, respectivamente.

Por enquanto, neste último pregão do mês de maio, o Ibovespa acumula uma alta de 3,47%.

Em relação às petrolíferas, as empresas sobem acompanhando o preço do barril de petróleo no mercado internacional, que subiu fortemente após a União Europeia (UE) decidir banir a importação de petróleo russo, em uma forma de sanção pela guerra na Ucrânia.

Em publicação feita no Twitter na noite de segunda-feira (30), o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel afirmou que as medidas entram em vigor imediatamente e impedem a compra de mais de dois terços do total de importações europeias da Rússia.

Na ICE, o barril do Brent era negociado a US$ 124, valor próximo da máxima deste ano — US$ 130, que foi atingida no início do conflito entre os russos e os ucranianos.

Apesar de o setor subir em bloco, na visão de Lucas Mastromonico, operador de renda variável da B.Side Investimentos, a Petrobras sobe com menos intensidade pelo risco de governança que ela traz, fazendo com que o investidor “prefira outras alternativas”.

Depois de uma semana agitada envolvendo a troca de presidente, ontem o MME (Ministério de Minas e Energia) formalizou ao Ministério da Economia um pedido para incluir a estatal na carteira do programa de parcerias de investimentos (PPI).

Além disso, o presidente Jair Bolsonaro voltou a declarar que é favorável à privatização da petrolífera, e criticou o “monopólio da estatal”.

“Eles decidem que vão aumentar hoje à noite o diesel, aumentam e não tão nem aí. A Petrobras não passa por mim, ela é praticamente autônoma”, afirmou Bolsonaro durante entrevista a um programa da Rede TV.

Além das petrolíferas, as principais altas do dia ficavam com IRB Brasil (IRBR3) subindo 8,18% e Marfrig (MRFG3) que valorizava 5,40%. Ambas viram seus papéis recuarem nos pregões recentes, e apresentam um movimento de “repique”, ou seja, uma alta momentânea de uma ação que tem caído com intensidade.

Em relação ao frigorífico, segundo informações do site Pipeline, do Valor Econômico, o empresário Marcos Molina aproveitou as quedas recentes nos papéis para atingir 50% de participação na companhia. De acordo com um interlocutor frequente de Molina ouvido pela publicação, o empresário considerou as ações baratas.

Contudo, se a Bolsa recuou nesta segunda e sobe nesta terça, uma coisa ainda é comum ao último pregão — a baixa liquidez nas negociações. Isso é o que afirma Mastromonico.

“O mercado opera sem muita liquidez nesta terça. O investidor está bem cauteloso com as altas recentes da Bolsa e com o cenário eleitoral se desenhando com algumas pesquisas que estão saindo”, ressalta o operador de renda variável da B.Side Investimentos.

Baixas do pregão

Em uma sessão com poucas quedas, a ponta negativa do Ibovespa era composta por Banco Inter (BIDI11), Vibra (VBBR3), CPFL (CPFE3) e brMalls (BRML3), que recuavam 3,40%, 2,61%, 1,35% e 1,17%, respectivamente.

A Vale (VALE3), por sua vez, que mais negocia papéis na Bolsa, caía 1,27%, revertendo os ganhos da véspera. Na visão de Mastromonico, o movimento negativo é apenas uma correção.

Cenário externo

Num movimento contrário ao Ibovespa, os principais índices acionários da Europa e dos Estados Unidos recuam praticamente em bloco nesta terça.

Nos EUA, os investidores monitoram a reunião entre o presidente do banco central americano, Jerome Powell, e o lider máximo do país, Joe Biden, que irão conversar sobre a economia do país.

Na Europa, a inflação da zona do euro atingiu uma alta de 8,1% no acumulado anual no mês de maio, impactada pelos preços de energia e alimentos.

Veja o desempenho das bolsas internacionais nesta terça:

Dow Jones/EUA: -0,20%

S&P 500/EUA: -0,09%

Nasdaq/EUA: +0,25%

Euro Stoxx 50/Zona do Euro: -0,72%

DAX/Alemanha: -1,29%

FTSE 100/Reino Unido: +0,10%

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