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Ibovespa cai seguindo movimento do exterior; frigoríficos são destaques de alta

Ações de empresas de proteína disparam após anúncio de follow-on da BRF

Foto: Getty Images

Seguindo o movimento de baixa dos mercados externos, o Ibovespa opera em baixa nesta sexta-feira (17), depois de fechar o pregão anterior em alta. Por volta das 13h35, o principal índice da bolsa de valores brasileira tinha recuo de 0,81%, aos 107.451 pontos.

No exterior, os principais índices de Wall Street caíam, assim como as bolsas europeias. O S&P 500 tinha recuo de 0,54% e o Dow Jones, de 0,98%. Após fortes baixas, o Nasdaq conseguiu inverter o sinal e subia 0,13%. Na Europa, o FTSE 100, de Londres, subia 0,09%, e o DAX, da Alemanha, perdia 0,67%.

As baixas ao redor do mundo se devem, na visão de Jennie Li, estrategista de ações da XP, à repercussão das decisões de política monetária dos principais bancos centrais.

“Foi uma semana bem importante, marcada por decisões dos principais bancos centrais do mundo. Tivemos decisão do Fed (Federal Reserve), o banco central americano, e dos bancos centrais da Europa, da Inglaterra e do Japão. Todos eles deram uma mensagem muito mais hawkish dessa vez, com o objetivo de controlar a inflação”, explica.

A postura hawkish, nesse caso, significa a aceleração da retirada de estímulos da economia e, em alguns casos, aumento nas taxas de juros. Ainda que estas medidas atuem para combater a inflação, elas causam desaceleração no crescimento econômico, o que explica o mau humor dos mercados.

“Em termos de agenda econômica, está relativamente mais vazio, então eu vejo isso como principal razão de vermos esse movimento de queda nesse momento”, completa Li.

Globalmente, o avanço da variante Ômicron do coronavírus também pesa sobre o sentimento do mercado.

Durante a tarde, o mercado estará de olho na entrevista coletiva de Paulo Guedes, e no leilão de campos do pré-sal pela ANP.

As principais baixas do Ibovespa são de Banco Inter PN (BIDI4), Banco Inter Unit (BIDI11) e Unidas (LCAM3), que perdem 5,77%, 5,42% e 4,12%, respectivamente. Na ponta oposta, BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3) e Natura (NTCO3) lideram as altas, com ganhos de 5,44%, 5,02% e 4,74%.

Destaques corporativos

A semana tem sido positiva para os frigoríficos, que estão tendo dias consecutivos de alta. Depois da retirada do embargo da China para a carne brasileira, a notícia do dia é o anúncio de follow-on da BRF, que pode desalavancar a empresa. A oferta, ainda, abre espaço para a Marfrig aumentar sua participação na companhia com condições mais favoráveis.

Em outro setor, a Petrobras (PETR4) informou a assinatura de uma linha de crédito compromissada no valor de US$ 5,5 bilhões. Os papéis da estatal tinham baixa de 1,85%, a R$ 29,14. A Enauta também recebeu destaque depois de ter aprovado a perfuração de um novo poço no Campo de Atlanta, o que permitirá um aumento de produção. A ação, porém, recuava 4,87%, a R$ 13,86.

Ainda em commodities, a Bradespar (BRAP4) informou intenção de reduzir sua participação na Vale (VALE3) por meio da distribuição de ações. Ambos os papéis tinham queda, de 2% e 1,11%, respectivamente.

No varejo alimentício, Assaí (ASAI3) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) assinaram o contrato de cessão que confere ao Assaí os direitos de explorar até 70 pontos comerciais do Extra. A ação do Assaí tinha baixa de 0,21% e a do Pão de Açúcar, de 1,58%.

A Petz (PETZ3), por sua vez, aprovou a incorporação das ações da Zee.Dog, adquirida em agosto. A R$ 18,43, o papel caía 1,29%.

Finalmente, as ações da Eletrobras (ELET3) seguiam em baixa mesmo depois de o governo manter o cronograma de privatização da empresa. Segundo o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, a venda de ações da União para investidores privados deverá ocorrer no primeiro quadrimestre de 2022. O papel tinha queda de 1,21%, a R$ 32,75.

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