Há duas semanas, quando a Hapvida (HAPV3) disse que Irlau Machado Filho havia renunciado ao cargo de co-CEO e de membro do conselho de administração, as ações da operadora desabaram por colocar em dúvida os próximos passos da companhia, uma vez que o executivo é um profundo conhecedor do setor de saúde.
No entanto, na noite desta terça-feira (6), a companhia informou que, após deixar o posto de co-CEO em janeiro de 2023, Machado não apenas permanecerá no conselho, como também passará a coordenar os novos comitês de governança e integrações e de meio ambiente e social.
E a decisão de permanência do executivo no conselho da Hapvida impulsiona as ações nesta quarta-feira (7). Por volta de 11h56, o papel ordinário da operadora de saúde operava em alta de 3,38%, a R$ 5,20.
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Na visão do BTG Pactual, a iniciativa é positiva, considerando que a ruptura total, como dizia o comunicado anterior, sugeriria que Machado poderia estar indo para um concorrente, o que obviamente seria ruim para a Hapvida.
“Devemos dizer, no entanto, que Irlau deve agora manter os termos originais de seu pacote de opções de compra de ações, mas sem exercer funções como executivo, o que parece um pouco caro para a empresa”, alertam os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Pedro Lima, em relatório.
Além disso, o banco ressalta ainda que a decisão de permanência no conselho poderia ter sido anunciada antes, evitando um possível desgaste.
“A perspectiva de longo prazo para o investimento da Hapvida permanece sólida, levando-nos a manter nossa classificação de compra”, diz o BTG.