A julgar pela reação das ações do mercado, os investidores não gostaram do balanço financeiro do terceiro trimestre da Hapvida (HAPV3), publicado na noite de quarta-feira (9). Nesta quinta-feira (10), por volta das 12h, os papéis da empresa recuavam 10,01%, figurando entre as principais baixas do pregão.
A companhia de saúde viu seu lucro líquido atribuído aos acionistas recuar 19,5% no terceiro trimestre em comparação com o período equivalente do ano passado, atingindo R$ 35,2 milhões. Além disso, viu um aumento de 187% nas despesas com vendas no período.
Na visão do Goldman Sachs, esse aumento nas despesas, que somaram R$ 485,1 milhões, foi principal ponto fraco do balanço. “Isso ocorreu diante do maior esforço comercial e do impacto do maior reajuste salarial de pessoal. Ao mesmo tempo, as adições líquidas de 122 mil beneficiários ficaram abaixo da nossa projeção de 155 mil”, diz o banco, em relatório publicado nesta manhã.
Apesar da queda no lucro líquido, tanto a receita quanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) avançaram no comparativo anual. O primeiro atingiu R$ 6,3 bilhões, uma alta de 147%. Já o segundo, que mede o lucro operacional da empresa, teve alta de 186,6% na mesma base comparativa, para R$ 922,7 milhões.
Contudo, a margem Ebitda, que atingiu 8% no trimestre, ficou um pouco abaixo das projeções do Itaú BBA, que era de 8,4%. De acordo com o banco, o avanço nas despesas contibuiu para pressionar o indicador.
“As despesas gerais e administrativas foram afetadas principalmente pela aceleração das despesas com pessoal (reajustes salariais) e contingências e impostos”, comenta o BBA.