Após breve reunião no Ministério da Economia, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, fizeram um pronunciamento em defesa dos R$ 400, benefício que será dado pelo programa Auxílio Brasil e que, juntamente com a prorrogação dos precatórios, vai estourar o teto em quase R$ 100 bilhões.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou, há pouco, Esteves Colnago, ex-ministro do Planejamento e assessor especial da pasta, como novo secretário do Tesouro. Em meio a alterações no teto de gastos e despesas de quase R$ 100 bilhões em 2022 fora do limite permitido, Bruno Funchal e equipe entregaram os cargos na noite de ontem. O ministro segue na pasta.
Ao lado de Jair Bolsonaro, Guedes defendeu a decisão de elevar o benefício para o Auxílio Brasil de R$ 300 para R$ 400. Com o anúncio, o Ibovespa reduziu perdas e caía 1,10%, aos 106.546, pontos às 16h20. O dólar passou a operar praticamente estável, a R$ 5,66.
Por que essa discussão mexe tanto com o mercado? Em um cenário em que o governo demonstra cada vez menos preocupação com a responsabilidade fiscal, os investidores da dívida pública pedem juros cada vez mais elevados para investir nos títulos, o que tende a retrair o consumo e refrear a atividade econômica.
A tendência é alta de juros, câmbio mais e mais desvalorizado, pressão sobre a inflação e menos emprego no futuro, o que afeta o mercado como um todo, com destaque para empresas ligadas ao consumo.