A Gol Linhas Aéreas recebeu autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para comprar a MAP Transportes Aéreos. A operação havia sido anunciada em junho pela companhia e, na época, foi vista como positiva por analistas do BTG Pactual e do Bradesco BBI, mas não a ponto de melhorar preço-alvo e recomendação para os papéis da companhia.
A MAP é a quinta maior empresa aérea brasileira, com uma frota de sete aeronaves com 70 assentos que operam em rotas da região amazônica a partir do Aeroporto de Manaus e nas regiões Sul e Sudeste a partir de Congonhas. A Gol pagará um total de R$ 28 milhões pela MAP – sendo cerca de R$ 3 milhões em ações e R$ 25 milhões em dinheiro, divididos em 24 parcelas mensais. A Gol também assumirá até R$ 100 milhões de compromissos financeiros da MAP.
A Gol considera a aquisição “uma oportunidade diferenciada para consolidação racional no mercado local, à medida que a economia do país se recupera da covid-19”.
A expectativa da Gol é de que a operação aumente sua base em Congonhas, o maior aeroporto de voos domésticos do Brasil. A compra da MAP acrescenta 26 voos diários à companhia por lá, e a Gol quer usar isso para oferecer novos destinos e rotas complementares à sua malha atual. Também vai trocar os aviões usados hoje pela MAP por outros maiores para aumentar a oferta de assentos.