Gol (GOLL4): oferta e demanda crescem em janeiro, mas seguem abaixo do pré-pandemia

A prévia operacional da Gol (GOLL4) para janeiro de 2022, publicada na noite desta sexta-feira (4), mostrou recuperação em todas as linhas em relação ao mesmo mês de 2021 – mas seguiu perdendo para os números registrados em janeiro de 2020, período pré-pandemia.

A oferta total de voos (ASK) da Gol em janeiro aumentou 26,2% em relação a igual mês do ano passado, mas permaneceu 19,3% abaixo do registrado em janeiro de 2020.

O total de assentos disponíveis cresceu 29,8% sobre o primeiro mês de 2021, mas foi 22,3% menor do que o de 2020. A mesma dinâmica se repetiu com o número de decolagens, que evoluiu 29,3% em comparação com janeiro de 2021, mas perdeu em 23,3% para o mesmo mês de 2020.

A demanda total dos passageiros (RPK), por sua vez, aumentou em 25,2% em relação a janeiro de 2021, mas ficou 20,6% abaixo de 2020.

O único indicador que teve piora foi a taxa de ocupação, que ficou em 82,6%, contra 83,3% em janeiro de 2021 e 83,9% no mesmo mês de 2020.

A maior recuperação foi em voos domésticos, uma vez que as restrições à mobilidade impostas para combater a disseminação do coronavírus zeraram o número de decolagens para outros países em janeiro de 2021. A modalidade, porém, segue perdendo para os números de 2020.

Neste ano, a oferta de voos (ASK) internacionais foi de 132 milhões (resultado da multiplicação entre assentos disponíveis e quilômetros voados), a demanda (RPK) ficou em 102 milhões (multiplicação entre número de passageiros pagantes e quilômetros voados) e a taxa de ocupação foi de 77,4%. Em 2020, por outro lado, a companhia registrou oferta de 748 milhões, demanda de 564 milhões e taxa de ocupação de 75,4%

As companhias aéreas foram um dos setores mais prejudicados pela pandemia de coronavírus, justamente devido a estas restrições. Nos últimos 12 meses, as ações da Gol acumulam perdas de 32%. O panorama, porém, parece estar mudando: no ano até aqui, o saldo da ação é de alta de 0,18%.

O papel da companhia aérea fechou o pregão desta sexta-feira em baixa de 3,56%, a R$ 17,06.