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Fleury (FLRY3) bate recorde de receita, mas custos pesam e lucro cai 7%

Maiores despesas com pessoal e alta nos custos de medicamentos pressionaram o resultado

Foto: Shutterstock

O grupo de medicina diagnóstica Fleury (FLRY3) registrou lucro líquido de R$ 110,4 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma queda de 6,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior, impactado principalmente por um aumento nos gastos com pessoal e nos custos de medicamentos, diz a companhia.

O resultado ficou praticamente em linha com o projetado pelos analistas do BTG Pactual: o banco esperava lucro líquido de R$ 108 milhões, 2,2% abaixo do reportado.

Apesar da queda no lucro, a receita bruta atingiu o montante recorde de R$ 1,17 bilhão, alta de 21,7%, enquanto a receita líquida aumentou 21,9% na comparação anual, para R$ 1,09 bilhão. A glosas — faturamentos não recebidos ou recusados — representaram 1% da receita bruta.

De acordo com o relatório de resultados publicado pela companhia na noite desta quinta-feira (5), o lucro foi pressionado principalmente por um aumento nos custos com pessoal e serviços médicos, em face da retomada de procedimentos eletivos, com o arrefecimento da pandemia.

Além disso, o Fleury registrou aumento nos custos fixos de ocupação e utilidades; alta nos custos de medicamentos; e maior depreciação e amortização. Ao todo, houve expansão de 26,2% no custo dos serviços prestados, que fecharam o trimestre em R$ 765,2 milhões.

Em relação à receita, o Fleury destaca que os testes de Covid-19 passaram a corresponder a 6,2% da receita total, contra 9,7% no primeiro trimestre de 2021, o que indica que o crescimento do faturamento foi impulsionado por questões estruturais, e não por efeitos temporários da pandemia.

Nessa linha, a companhia menciona que houve expansão em exames eletivos. “O crescimento [da receita] reflete o maior volume registrado nas unidades de atendimento, além do crescimento do atendimento móvel (27,6%) em função da expansão de rotas em todas as marcas”, diz o relatório.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do período foi de R$ 326,6 milhões, alta de 14,4% na comparação anual, com margem de 30%, contra 31,9% anteriormente.

Nas operações B2B, a receita bruta somou R$ 155,1 milhões em hospitais, alta de 2,7% na comparação anual. Nos laboratórios, a receita bruta caiu 2,9% no trimestre e alcançou R$ 17,3 milhões, na base anual.

Aquisições

Além de divulgar o balanço do trimestre, o Fleury anunciou, na noite de hoje, a aquisição do Saha, grupo paulista focado em infusões de medicamentos e procedimentos cirúrgicos de menor complexidade.

Outra aquisição realizada durante o trimestre foi o Laboratório Marcelo Magalhães, que atua em análises clínicas na região metropolitana de Recife. “Esta aquisição reforça nossa estratégia de aceleração do crescimento em medicina diagnóstica, expandindo a presença estratégica no Nordeste e aumentando nossa capilaridade para 30 unidades de atendimento nesta região metropolitana”, diz o relatório.

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