Fim dos rumores: Prio (PRIO3) anuncia acordo para compra da Dommo (DMMO3)

Especulações sobre uma união entre as duas petroleiras circulam desde abril

Foto: Shutterstock

Depois de meses de especulação, a petrolífera Prio (PRIO3) anunciou, em fato relevante publicado na noite desta quinta-feira (1), que irá comprar a Dommo Energia (DMMO3).

De acordo com o comunicado, a petrolífera e a Prisma Capital, acionista controlador da Dommo, assinaram um memorando de entendimentos para uma potencial combinação de negócios.

Nos termos do memorando, a Prio irá incorporar a totalidade das ações da Dommo. Os acionistas da empresa adquirida poderão optar por receber, em troca, 0,05 ação da Prio ou o valor de R$ 1,85 por cada ação da Dommo.

O documento também estabelece que, pelo prazo de seis meses, a Prisma irá conceder exclusividade à Prio na negociação e na realização da transação.

Em fato relevante separado, a Dommo esclareceu que sua administração está avaliando o assunto e já entrou em contato com a administração da Prio para negociar um eventual protocolo de incorporação.

Fim dos rumores

Os rumores sobre uma possível união entre as duas petroleiras já circulam nos mercados pelo menos desde abril, quando uma matéria publicada pelo jornal Valor Econômico afirmou que a Prio seria uma das cinco interessadas nos ativos restantes da Dommo.

A especulação ganhou força com a publicação, em 21 de agosto, de uma matéria do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, afirmando que o negócio iria acontecer e dependeria apenas da liberação de créditos tributários da Prio pela Receita Federal.

Na sequência, no dia 23, a Prio esclareceu, após ser questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que estava avaliando a aquisição.

Um dos poucos ativos no portfólio da Dommo é uma participação de 20% na concessão do campo produtor de petróleo de Tubarão Martelo, cuja fatia restante (80%) pertence à Prio. Justamente por isso, segundo o comunicado de 23 de agosto, “é natural que a Prio analise essa potencial oportunidade de negócio”.

A Dommo, outrora chamada de OGX, era controlada pelo empresário Eike Batista e chegou à Bolsa brasileira em 2008. No entanto, sem produzir quase nada do que prometia, entrou em recuperação judicial em 2013. O processo até chegou a ser encerrado em 2017, mas a empresa não conseguiu se reerguer.

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