Os Estados Unidos e a China decidiram cancelar em fases as tarifas atribuídas durante a guerra comercial, de acordo com informação do Ministério do Comércio chinês nesta quinta-feira, 7, mas sem especificar um cronograma.
“A guerra comercial começou com tarifas, e deve terminar com o cancelamento de tarifas”, disse o porta-voz do ministério, Gao Feng.
A grande expectativa do mercado é de que o acordo provisório entre as duas maiores economias do mundo estabeleça uma promessa feita pelos EUA de retirar as tarifas marcadas para o dia 15 de dezembro, referente a US$ 156 bilhões em importações chinesas.
Feng afirmou que o cancelamento das tarifas era uma condição importante para o acordo e salientou, ainda, que ambos os países devem contribuir com esse pacto para que a “fase um” do acordo comercial seja alcançada.
“Nas últimas duas semanas, os principais negociadores de ambos os lados tiveram discussões sérias e construtivas para resolver várias preocupações de forma apropriada”, disse Gao.
Segundo a Reuters, um acordo pode ser assinado ainda neste mês entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping.
Como o Brasil fica nessa?
Devido às tensões comerciais entre EUA-China, o Brasil foi beneficiado com vendas adicionais para os Estados Unidos, somando o valor de US$ 451 milhões no primeiro semestre. O cálculo foi realizado pela Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).
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