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Estabilidade da indústria em fevereiro é sinal negativo, diz CNI; entenda o motivo

Confederação considera preocupante estabilização do setor em níveis de atividade inferior ao que se via antes da pandemia de Covid-19

Foto: Shutterstock

A estabilização de vários indicadores da indústria brasileira em fevereiro na comparação com janeiro é um sinal de alerta para o setor, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Segundo dados da instituição, o faturamento industrial – que havia subido 5,7% no acumulado de novembro até janeiro – caiu 0,2% em fevereiro. As contratações, que também tinham subido por três meses seguidos, caíram 0,1% em fevereiro.

A massa salarial da indústria de transformação ficou estável na passagem de janeiro para fevereiro de 2022, assim como o uso da capacidade instalada, que ficou em 81% no período. O rendimento médio real recuou 0,1% em fevereiro ante janeiro. O único índice a subir foi o de horas trabalhadas na produção, que cresceu 1,4%.

Segundo o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, períodos de crescimento salpicados por estabilidade não espantam por causa das dificuldades que a indústria enfrenta, mas no momento “esta estabilidade preocupa”.

Ele apontou que, num contexto em que o desempenho do setor industrial precisa melhorar para recuperar as quedas de 2021 e 2020, os resultados indicam interrupção desta trajetória de recuperação.

Dados divulgados pelo IBGE na sexta-feira (1) mostram que a produção do setor industrial em fevereiro ainda está 2,6% abaixo dos níveis observados antes da pandemia de Covid-19 e 18,9% aquém do nível recorde alcançado em maio de 2011.

Outra pesquisa, também na sexta-feira, mas pelo IHS Markit, apontou que em março a situação da indústria brasileira melhorou, com crescimento tanto nas vendas quanto na produção, mas que a confiança nos negócios enfraqueceu e os preços de insumos aumentaram.

Nesta segunda-feira (4), algumas das grandes empresas do setor industrial com ações na Bolsa operavam em queda, pressionadas pela desvalorização do dólar – que prejudica a receita destas companhias com exportações. As ações da WEG (WEGE3) caíam 0,88%, enquanto BRF (BRFS3) tinha a maior queda dentre os componentes do Ibovespa, de 2,92%. Entre as exceções, estavam Embraer (EMBR3 +0,86%) e JBS (JBSS3 +0,88%).

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