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Entenda por que a Telecom Itália não vê sentido em uma venda da TIM Brasil (TIMS3) – ação sobe

CEO da controladora esteve com a XP e disse que a venda da operação brasileira não deve acontecer

Foto: Shutterstock

As especulações em torno de uma possível venda da TIM Brasil (TIMS3) por parte da sua controladora, a Telecom Itália, receberam um balde de água fria na noite de quarta-feira (19), o que tem ajudado a impulsionar as ações da operação brasileira no pregão desta quinta-feira (20).

O CEO da Telecom Italia, Pietro Labriola, que assumiu a holding no começo deste ano e por anos foi CEO da operação brasileira, e o atual CEO da TIM Brasil, Alberto Griselli, disseram a analistas da XP Investimentos que a TIM Brasil não deverá ser vendida, segundo relatório distribuído pela corretora a clientes na noite de ontem.

As ações da companhia brasileira, que passaram por uma verdadeira gangorra ao longo das últimas semanas por causa das especulações, operavam em alta de 0,47% por volta das 13h. Na semana, acumulavam valorização de 5,77% e, em 12 meses, de 7,95%, segundo dados disponíveis na plataforma do TradeMap.

Para Bernardo Guttmann e Marco Nardini, que estiveram com os executivos no escritório da XP, a TIM Brasil é “a joia da coroa” da controladora, já que representa 25% do Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e, com a mudança de governo na Itália, “a impressão é que o plano de reestruturação está sendo executado de forma adequada e até certo ponto independente, o que não exigiria a venda do ativo no Brasil”.

Labriola ressaltou aos analistas que, “dada a importância da operação do Brasil nos resultados, não faria sentido vender a operação sem um prêmio significativo, caso contrário não haveria redução da dívida pela controladora”.

Na visão da XP, atualmente, não há comprador óbvio para a operação brasileira e o plano de reestruturação na Itália não considera esse desinvestimento. “Sobre a possibilidade de vender o excedente controle (a Telecom Italia detém 67% da TIM Brasil), essa decisão não faria sentido, seria financeiramente irrelevante e não endereçaria as necessidades de caixa da Telecom Italia”.

Desde que assumiu a Telecom Italia, no começo deste ano, Labriola suspendeu a distribuição de dividendos, mudou as projeções da companhia e apresentou um plano para reduzir a alavancagem por meio da venda da companhia de infraestrutura do grupo, transferindo uma parcela significativa da dívida para essa nova empresa.

Em relatório publicado na quarta-feira (19), a XP disse que, apesar da alta alavancagem da Telecom Italia, a empresa tem ampla liquidez para cobrir os vencimentos até 2024, já que acabaram de fazer um empréstimo de 2 bilhões de euros com o governo italiano.

TIM Brasil

Atualmente, a empresa é a preferida da XP no setor, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 22, uma valorização potencial de 83% em relação ao preço de fechamento de ontem, que foi de R$ 11,96.

Segundo a corretora, a TIM Brasil é negociada na Bolsa a preços atrativos, com base em conta que calcula quantas vezes o valor de mercado de uma companhia supera o lucro operacional (Ebitda) projetado para um ano.

De acordo com a XP, o valor da TIM é 3,4 vezes maior que o Ebitda esperado para 2023. Quanto menor essa proporção, mais barata a empresa está. Os pares globais da TIM, por exemplo, têm, em média, um valor de mercado seis vezes superior ao que se espera de Ebitda para o ano que vem.

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