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Enquanto Yduqs (YDUQ3) salta, Cogna (COGN3) cai 5% após prejuízo crescer – entenda

Resultados operacionais melhores foram totalmente compensados pelo aumento nas despesas financeiras

Foto: Shutterstock/Brenda Rocha - Blossom

Se de um lado as ações da Yduqs (YDUQ3) saltavam nesta sexta feira (11), reagindo ao balanço da companhia para o terceiro trimestre, do outro os papéis da Cogna (COGN3) derretiam. Ainda que a empresa tenha reportado melhorias operacionais que foram bem recebidas pelo mercado, seu prejuízo líquido aumentou 39% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, para R$ 211,3 milhões.

A ação da Cogna era negociada em queda de 4,92% por volta das 16h40 desta sexta, cotada a R$ 2,51, na terceira maior baixa do Ibovespa.

A piora no resultado líquido da Cogna reflete o aumento da taxa Selic entre os períodos, gerando despesas financeiras de R$ 244 milhões, contra R$ 182 milhões no terceiro trimestre de 2021.

Neste contexto, Caio Moscardini, analista do Santander, aponta que a gestão dos passivos continua sendo um ponto de atenção. Ao fim do terceiro trimestre, o somatório das dividas da Cogna equivalia e 2,15 vezes seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), contra 2,07 no mesmo período de 2021.

“A alavancagem segue sendo um grande problema para a Cogna, à medida que os resultados financeiros acabam comprometendo o lucro líquido, mas a empresa está focada na gestão de suas dívidas para reduzir os custos do endividamento”, escreve Rafael Barros, analista da XP Investimentos, em relatório publicado na noite de ontem.

Apesar da alta do prejuízo, os números operacionais dão sinais positivos para os próximos trimestres, segundo os analistas. A receita líquida da Cogna cresceu 4% na comparação com o terceiro trimestre de 2021, para R$ 1,06 bilhão, devido principalmente à performance positiva da Kroton e da Vasta.

A margem Ebitda, por sua vez, alcançou 23,1%, alta de 3,3 pontos percentuais na base anual, devido principalmente ao aumento da participação de cursos de ensino a distância na receita da Kroton, que compensou a alta de custos. O Ebitda ajustado foi de R$ 245,9 milhões, alta de 21,7%.

Na Kroton, a avaliação do Santander é que o turnaround parece ter sido concluído, com a receita voltando a crescer dois dígitos, ao mesmo tempo em que as margens continuam a expandir.

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A receita da divisão teve alta de 11,7% entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período deste ano, para R$ 765,3 milhões, resultado de uma maior base de alunos e um ticket médio estável. A margem Ebitda ajustada, enquanto isso, cresceu 3,7 pontos percentuais, para 27%.

A Vasta também apresentou bons resultados, diz o Santander, com destaque para a expansão de 31,8 p.p. da margem Ebitda ajustada, que terminou o trimestre em 6,1%, apesar de impactos sazonais. A receita líquida da divisão cresceu 48,5% na mesma base de comparação, para R$ 188,9 milhões.

A Saber, por outro lado, apresentou queda de 46% na receita líquida em relação ao terceiro trimestre de 2021, para R$ 115 milhões, resultado da sazonalidade natural do programa PNLD.

Após a divulgação do balanço, os analistas do Santander, do Itaú BBA, da Genial, da Ativa reiteraram sua classificação neutra da ação, uma vez que, apesar de a Cogna dar sinais positivos em seus resultados, o cenário para o resultado líquido ainda é incerto.

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