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Engie (EGIE3) vê aumento do preço da energia impulsionar lucro do 3º tri e anuncia dividendos

No período, o preço médio de venda de energia atingiu R$ 224,80 por MWh, uma alta de 8% na base anual

Foto: Shutterstock/Photomarine

A Engie Brasil (EGIE3) registrou mais um trimestre forte, impactado pelo aumento do volume de energia disponível para venda, pela adição de capacidade de parques eólicos, além do maior preço médio da energia.

No terceiro trimestre, a produção de energia da companhia atingiu 13.799 GWh (gigawatts-hora), uma alta de 28% em relação a igual período de 2021, beneficiado por uma maior geração hidrelétrica, devido ao maior volume de chuvas na região Sul.

Já o preço médio de venda de energia, líquido dos encargos sobre a receita e operações de trading, atingiu R$ 224,80 por MWh (megawatts-hora), 8% superior ao mesmo trimestre do ano passado.

Além do maior preço da energia, a quantidade de energia vendida em contratos, líquida de operações de trading, também subiu, alcançando 9.445 GWh no trimestre, um aumento de 9,3% na base anual de comparação.

Com isso, o lucro líquido ajustado da Engie cresceu 17,2% no período, para R$ 710 milhões. Em relatório divulgado ao mercado na noite desta terça-feira (8), a empresa explicou que esse aumento se deve, principalmente, pela atualização monetária dos contratos vigentes e pela aquisição dos complexos fotovoltaicos Paracatu e Floresta, que possuem preços de venda de energia acima do preço médio de venda do portfólio da companhia.

O número ficou acima da maioria das projeções consultadas pela Agência TradeMap, que previam R$ 536 milhões, no caso da XP, enquanto o BTG Pactual estimativa R$ 481 milhões e a Genial previa R$ 538 milhões. Já o Santander, por sua vez, previa um número maior, de R$ 809 milhões.

Por outro lado, a receita operacional líquida alcançou R$ 2,7 bilhões, uma baixa de 18,9% na comparação com o mesmo intervalo de 2021, diante da redução da receita de construção das linhas de transmissão devido ao avanço das obras, embora a queda tenha sido atenuada pelo aumento da combinação de quantidade e preço médio dos contratos de venda de energia.

O valor da receita ficou mais ou menos em linha com três projeções de bancos e corretoras, que projetavam R$ 2,72 bilhões, R$ 2,86 bilhões, 2,87 bilhões, no caso de Itaú BBA, BTG e Genial, respectivamente. A XP foi a única da lista que tinha estimativa maior, de R$ 3,10 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi a única linha do balanço da Engie que ficou abaixo da maioria das projeções, com exceção do Itaú BBA, que previa R$ 1,3 bilhão. No trimestre, a empresa teve lucro operacional de R$ 1,4 bilhão, uma redução de 15,7% na base anual.

Tabela de desempenho do terceiro trimestre

Já o BTG, Genial, XP e Santander esperavam, nesta ordem, R$ 1,52 bilhão, R$ 1,65 bilhão, R$ 1,57 bilhão e R$ 1,6 bilhão.

De acordo com a Engie, o operacional sentiu os efeitos do reconhecimento do complemento ao valor referente à repactuação do risco hidrológico de R$ 372 milhões. Excluindo esse efeito, o Ebitda teria crescido 8%.

Remuneração aos acionistas 

Em razão dos bons resultados do período, o conselho de administração da Engie aprovou a distribuição de R$ 472,8 milhões em dividendos intercalares, o equivalente a R$ 0,5794807287 por ação, referente aos primeiros seis meses do ano.

Segundo a companhia, o valor representa um payout de 45% do lucro distribuído aos acionistas do primeiro semestre do ano.

Terão direito ao recebimento os acionistas com posição em 21 de novembro, sendo que a partir do dia 22 as ações serão negociadas ex-dividendos. A data de pagamento ainda será definida pela diretoria executiva.

Tabela de recomendações da Refinitiv

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