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Eneva (ENEV3): Itaú BBA vê 4 sinais desfavoráveis e rebaixa recomendação da ação, que cai mais de 2%

Possibilidade de leilão de energia térmica mais concorrido é um dos argumentos usados pelo banco para ficar menos otimista

Foto: Divulgação Eneva

A Eneva (ENEV3) está entre as maiores quedas do Ibovespa neste início de pregão, caindo mais de 2%, após o Itaú BBA parar de recomendar a compra das ações da companhia e apresentar quatro motivos para a decisão.

O Itaú BBA diminuiu a recomendação da Eneva de outperform para market perform – o que equivale a passar de uma sugestão de compra para uma de neutralidade em relação às ações. O preço-alvo estimado para o papel é de R$ 17.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (14), o banco explicou que as ações da Eneva subiram 16% desde o follow-on, ocorrido em 15 de junho, e que grande parte da valorização que os papéis poderiam registrar por causa do leilão de capacidade, marcado para o final de setembro já está precificado. Este é o primeiro motivo para rebaixar a recomendação das ações.

O leilão será destinado à contratação compulsória de termelétricas a gás natural, prevista na Lei de privatização da Eletrobras.

A Eneva disse que o certame deve ter uma concorrência acima do esperado, por acreditar que a Petrobras (PETR4; PETR3) pode ter negociado um contrato de gás para o campo de Urucu com outros fornecedores, permitindo a participação da estatal no leilão de capacidade.

O Itaú BBA vê os termos do certame muito atrativos para a Eneva porque a empresa tem um custo muito baixo de extração de gás natural.

No entanto, o banco diminuiu a previsão de quanto acha que a empresa vai conseguir vender no leilão – segundo motivo pelo qual ficou mais pessimista com as ações da Eneva.

A estimativa anterior era de que seriam colocados todos os 1.000 MW (megawatts) ofertados. Agora, a projeção é de que apenas 60% desta capacidade seja de fato vendida. Isso deve gerar R$ 5,2 bilhões para a companhia, ou R$ 3,30 por ação.

O terceiro e o quarto motivo para adotar uma recomendação neutra em relação à Eneva, segundo os analistas Marcelo Sa, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia, são a pior perspectiva para o despacho térmico em 2022/2023, devido aos baixos níveis do preço da energia no curto prazo, e o negócio de Bahia Terra, que está demorando mais do esperado, após uma liminar para suspender a operação.

“A Eneva possui uma das melhores equipes de gestão do setor, um excelente histórico de alocação de capital e uma perspectiva de crescimento brilhante. Nossa visão mais cautelosa se deve ao fato de que as expectativas para o leilão são muito altas e o resultado pode decepcionar os investidores”, diz o BBA.

Por volta de 12h15, as ações ordinárias da Eneva recuavam 2,08%, a R$ 15,54. Nos últimos 12 meses, os papéis acumulam uma queda de 8,3%.

Dentre 8 recomendações colhidas pela Refinitiv com instituições financeiras e disponíveis no TradeMap, cinco são de compra e três para manter o papel. A mediana dos preços-alvo é de R$ 17, o que representa uma valorização de 7,12% em relação ao fechamento de ontem.

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