Em semana de decisão do Fed, bolsas globais operam em alta nesta segunda

As bolsas globais iniciam a semana no campo positivo, com os investidores à espera de diversas reuniões de bancos centrais. Além disso, as altas das commodities e as sinalizações de mais estímulos por parte da China animam o mercado nesta segunda-feira, 13.

As bolsas europeias e os futuros americanos operam em leve alta, de olho, principalmente, na reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), marcada para quarta-feira, 15, com as expectativas do mercado apontando para o anúncio de uma aceleração do tapering nos Estados Unidos, já sinalizada por Jerome Powell, presidente da autarquia monetária.

Na quinta-feira, 16, haverá as reuniões do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).

Para o BCE, o mercado acredita que há grande chance de um aumento temporário nas compras de títulos, mesmo após o término do Programa de Compra de Emergência de Pandemia (PEPP), em março, e seguindo o tom dovish.

É especulado que o aumento no número de casos de Covid-19 na Inglaterra poderá atrasar o início do ciclo de alta do juro por parte do BoE, com a manutenção em 0,1% na reunião. O mercado espera que o primeiro aperto monetário só aconteça em fevereiro do ano que vem.

Enquanto isso, as bolsas asiáticas fecharam de forma mista. Os investidores seguem preocupados com o surto da Ômicron e as tensões geopolíticas entre EUA e Pequim.

Por outro lado, alguns setores apresentaram crescimento, principalmente os de empresas de infraestrutura, depois da sinalização de mais estímulos para ajudar uma economia em desaceleração. Os principais líderes chineses prometerem priorizar a estabilidade econômica em 2022.

Já em relação às commodities, o preço do barril do petróleo tem alta moderada, enquanto o minério de ferro subiu forte.

No Brasil, os investidores aguardam a votação das mudanças da PEC dos precatórios pela Câmara. Na agenda desta segunda, foi divulgado, às 8h30, o Boletim Focus do Banco Central, que diminuiu a previsão da inflação de 2021 para 10,05%, após 35 semanas consecutivas de alta.

Na semana passada, o Copom elevou a Selic em mais 1,5 ponto percentual, deixando a taxa em 9,25% ao ano.