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Em dia de queda na Bolsa, MRV (MRVE3) informa que Atmos Capital diminuiu posição na empresa

Nesta segunda-feira (6), a ação da MRV fechou em queda de 3,83%, a R$ 9,05

Foto: Divulgação

A carioca Atmos Capital, uma das mais renomadas gestoras de investimento do país, com R$ 10,7 bilhões em patrimônio líquido, decidiu reduzir a sua posição na MRV, a construtora do empresário mineiro Rubens Menin.

Em comunicado ao mercado nesta segunda-feira (6), a companhia informou que a participação da Atmos no negócio caiu para 9,72%. O documento não informa a fatia anterior, mas, segundo dados disponíveis na plataforma do TradeMap, a gestora era dona de 13,46%.

Os números disponíveis no TradeMap refletem os portfólios que as gestoras informam à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que contam com pelo menos três meses de atraso.

Com a nova participação, a Atmos tem agora o equivalente a R$ 42,4 milhões investidos na MRV, que vale R$ 4,37 bilhões na Bolsa, também segundos dados do TradeMap.

Nesta segunda-feira, a ação da MRV fechou em queda de 3,83%, a R$ 9,05. No acumulado do ano, o papel tem recuo de 19,98%.

O setor de construção civil tem sido encarado com cautela pelo mercado desde que o Brasil passou a experimentar uma rápida aceleração da taxa básica de juros, que saiu de 2% ao ano para 12,75% em pouco mais de um ano e reduz a demanda por financiamento imobiliário.

Além disso, as empresas do setor têm sofrido com a inflação, que pesa sobre os custos de construção e diminui as margens de lucro.

No balanço do primeiro trimestre deste ano, a MRV&Co (MRVE3) — que engloba as empresas MRV, AHS, Luggo e Urba — admitiu que foi surpreendida pelo avanço da inflação e viu a sua margem bruta (diferença entre o custo para produzir e o faturamento) cair para 19,8%, ante 27,8% em igual período do ano passado.

Não por acaso, ainda que a MRV tenha registrado receita recorde no primeiro trimestre, o lucro líquido teve queda de 38,9% no período, em relação aos primeiros três meses de 2021, para R$ 83 milhões, abaixo de projeções como a dos analistas do Itaú BBA, que esperavam lucro líquido de R$ 108 milhões.

Quando realizou seus primeiros cálculos para estabelecer o orçamento de 2022, a MRV projetou que a inflação da construção civil, medida pelo INCC (Índice Nacional da Construção Civil), do IBGE, seria 4,5%.

No entanto, “eventos como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e a intensificação da inflação de energia e de commodities demonstraram que as projeções inflacionárias de 4,5% ao ano seriam insuficientes”, disse a empresa, que reviu a sua previsão e agora espera uma inflação de 7% para o setor.

Entre analistas, a MRV é unanimidade. Todas as 11 instituições consultadas pela Refinitiv e apresentadas na plataforma do TradeMap recomendam a compra do papel. Duas delas indicam fortemente o investimento. A mediana das projeções aponta para um preço-alvo de R$ 19,15, uma valorização potencial de 111,60%.

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