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EDP (ENBR3) distribui e vende menos energia no 4º trimestre; ações caem

Empresa citou clima, cenário econômico e condições de mercado para justificar queda nos valores

O volume de energia distribuída pela Energias do Brasil (ENBR3) caiu 1,5% no quarto trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. O declínio foi motivado pelo menor consumo em São Paulo, que responde por cerca de 60% da eletricidade distribuída pela empresa. No Espírito Santo, outro mercado em que a companhia atua, a distribuição de energia cresceu.

No quarto trimestre, a Energias do Brasil distribuiu 6,5 milhões de megawatts-hora (MWh.). Na EDP São Paulo, houve queda de 3,0%, para 3,957 milhões de MWh, enquanto na EDP Espírito Santo o aumento foi de 0,9%.

A empresa disse que a queda no volume total de energia distribuída refletiu as temperaturas mais amenas durante o terceiro trimestre – que diminui o uso de aparelhos como ar-condicionado e ventiladores, por exemplo – e pela menor recuperação das atividades econômicas em relação ao final de 2020.

No acumulado de 2021, porém, o volume de energia distribuída cresceu 5,5%, com alta de 5,2% na EDP SP e de 6,0% na EDP ES.

“Apesar do ambiente econômico desafiador advindo do aumento da taxa de juros, dos altos níveis de inflação e da redução da renda média per capita, o consumo de energia foi impulsionado pela retomada da atividade industrial e comercial”, disse a Energias do Brasil em nota.

O volume de energia vendida pela companhia no mercado livre diminuiu 22,6%, para 3.758 gigawatts-hora (GWh). A queda foi motivada pela “redução de liquidez no mercado durante o ápice da crise hídrica”, que deixou a eletricidade mais cara, e pela cautela da companhia nas operações, por causa da “conjuntura econômica”.

No ano, o volume de energia vendida totalizou 14.689 GWh, redução de 42,5%, pelos mesmos motivos e por um esforço para colocar no mercado produtos com maior margem agregada.

Por volta das 12h (de Brasília), as ações da EDP (ENBR3) caíam 0,71%, para R$ 20,93. O papel estava subindo praticamente sem parar desde 7 de janeiro, e ainda acumula valorização de 3,3% neste ano, apesar do recuo de hoje.

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