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Direcional (DIRR3) bate novo recorde de vendas, mas despesas financeiras pesam e lucro fica estável

Lucro líquido fica em R$ 41 milhões, crescimento de apenas 1,4% contra o mesmo período do ano passado

Foto: Divulgação

Apesar de bater mais um recorde trimestral em vendas líquidas, a construtora Direcional (DIRR3) foi pressionada pela piora do resultado financeiro e registrou lucro líquido de R$ 41 milhões no segundo trimestre, crescimento de apenas 1,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

As vendas líquidas da Direcional totalizaram R$ 836 milhões, expansão de 36% sobre o anotado no segundo trimestre de 2021. O número também representa alta de 25% em relação ao recorde anterior da companhia, estabelecido no quarto trimestre do ano passado.

Com isso, a receita líquida da companhia também foi recorde, em R$ 586 milhões, alta de 38,8% na base anual.

Do lado negativo, o crescimento do lucro líquido da Direcional no trimestre foi limitado pelo resultado financeiro, no valor negativo de R$ 33 milhões, consequência da alta na taxa Selic, de operações dentro do plano de recompra de ações da companhia e da venda de parte da carteira de recebíveis.

O lucro líquido ajustado, que exclui despesas com cessão de recebíveis e swap de ações, fechou o trimestre a R$ 55,14 milhões, alta de 54,8% ante igual período de 2021.

“Apesar do cenário atual seguir incerto em relação ao andamento da economia e da confiança do consumidor, observamos a continuidade da forte demanda por nossos produtos que já vínhamos enxergando nos últimos exercícios”, diz a companhia.

O lucro líquido reportado pela Direcional ficou em linha com a projeção da Santander Corretora, de R$ 40,8 milhões, mas abaixo das estimativas o Bank of America, de R$ 44 milhões, e do Itaú BBA, de R$ 46 milhões.

O índice de velocidade de vendas também apresentou crescimento, de 2 pontos percentuais, atingindo 20%.

A margem bruta, por sua vez, ficou em 35%, baixa anual de 3 pontos percentuais, em um trimestre ainda desafiador do ponto de vista de custos de matérias primas, diz a Direcional.

O Ebitda também foi recorde, de R$ 116,91 milhões, expansão anual de 30,9%, ajudado ainda pela diluição de despesas comerciais, gerais e administrativas, devido ao maior volume de vendas. A margem Ebitda caiu 1 ponto percentual, para 19,9%.

“Nossa atenção constante à dinâmica de preços das unidades, à gestão dos estoques de suprimentos, ao mix de produtos e ao frequente controle orçamentário das obras em andamento têm nos permitido manter a margem bruta em níveis estáveis ao longo do tempo”, afirma a companhia.

A companhia lançou dez empreendimentos, que totalizam 3,261 unidades, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 790 milhões, em linha com o registrado no segundo trimestre de 2021.

O percentual de distratos sobre as vendas brutas foi de 10,1% no trimestre, baixa de 0,3 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre do ano passado.

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