Despesa financeira cresce e lucro da Taesa (TAEE11) cai 18,3% no 3º trimestre

O lucro líquido da Taesa caiu 18,3% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 536,8 milhões, refletindo principalmente o impacto da inflação mais forte e do aumento nos juros sobre as despesas financeiras. A receita da companhia caiu 0,2% na mesma comparação, para R$ 942,3 milhões.

A alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação, e a consequente elevação dos juros dos Certificados de Depósito Bancário (CDIs) aumentaram as despesas financeiras da Taesa em 83,9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 239,0 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) aumentou 32,6%, para R$ 421 milhões.

O analista de setor elétrico e saneamento da Genial Investimentos, Vitor Souza, afirmou após a divulgação do balanço que continua recomendando a venda das units da Taesa (TAEE11). “Apesar de gostarmos do momento operacional da empresa, não conseguimos encontrar potencial de valorização expressivo no case para justificar um posicionamento mais positivo.”

“Como já era de se esperar no negócio de transmissão, vemos o resultado deste trimestre sem grandes surpresas. No geral, como já mencionamos em documentos pregressos, a boa performance do EBITDA da empresa no trimestre está relacionada ao reajuste das receitas das linhas de transmissão expostas ao IGPM (+37% a/a) e à entrada operacional de projetos que estavam em desenvolvimento – para fins de comparação, a RAP de todas as linhas da companhia (incluindo aquelas que a empresa tem participação minoritária) alcançaram R$ 3,3 bilhões no ciclo 2021/2022 vs R$2,7 bilhões no ciclo 2020/2021”.

A RAP é a receita anual a que a concessionária tem direito pela prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica aos usuários, a partir da entrada em operação comercial das instalações de transmissão.