CVC (CVCB3) fatura mais, mas não resiste à Selic e tem prejuízo de R$ 75 milhões no 3º trimestre

Prejuízo foi 10,5% menor do que o registrado em igual período de 2021

Foto: Shutterstock/ImagensstockBR

Com aumento nas reservas e no valor médio das viagens vendidas, a receita líquida da CVC (CVCB3) teve crescimento de 47% no terceiro trimestre e seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) alcançou o maior patamar desde 2019.

O resultado final, porém, não resistiu à alta da taxa Selic, e a operadora de turismo fechou o terceiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 75 milhões.

Apesar de o resultado ainda ter sido negativo, representa uma melhora de 10,5% em relação ao anotado no mesmo trimestre de 2021, e superou as estimativas do Bank of America, que apostava em prejuízo de R$ 97 milhões. O BTG Pactual, por outro lado, esperava perdas ainda menores, de R$ 25 milhões.

Com os efeitos do aumento da taxa Selic sobre a dívida líquida, o resultado financeiro da CVC foi negativo em R$ 69,2 milhões no terceiro trimestre deste ano, piora em relação aos R$ 13,9 milhões negativos do mesmo período de 2021.

A companhia acrescenta que esta linha foi impactada também por juros relacionados à antecipação de recebíveis e pelo aumento de outras despesas financeiras.

Do lado positivo, a receita líquida teve avanço de 46,6% na base anual, para R$ 337,6 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, por sua vez, terminou o trimestre em R$ 71,5 milhões, maior valor desde 2019, período anterior à pandemia de Covid-19. No terceiro trimestre do ano passado, o Ebitda foi de R$ 33,3 milhões negativos.

Na frente operacional, as reservas confirmadas entre julho e setembro tiveram aumento de 34,7% em comparação ao mesmo período de 2021, devido à retomada de viagens, principalmente para destinos internacionais, mas também de eventos e viagens corporativas, segundo a companhia.

A CVC destaca também a temporada de cruzeiros, cujas reservas confirmadas apresentaram aumento de 177% na comparação com o terceiro trimestre de 2021, tornando-se a melhor temporada da história da companhia em termos de vendas.

As reservas consumidas também tiveram avanço, de 61,5%, devido aos mesmos motivos por trás da alta das reservas confirmadas, além das férias escolares no Brasil e na Argentina em julho, que impulsionaram os embarques em ambos os países.

Além do aumento no volume de viagens, os preços médios por pacote também aumentaram, fechando o terceiro trimestre a R$ 1.701, alta de 86,6% em relação a igual período do ano passado.

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