CSN Mineração (CMIN3) e outras mineradoras sobem na Bolsa após estímulos imobiliários na China

Mesmo com o Ibovespa, principal índice da B3 operando em baixa, ações ligadas ao minério de ferro, como mineradoras e siderúrgicas, sobem em bloco nesta sexta-feira (25), refletindo uma iniciativa positiva vinda da China.

Por volta de 11h31, a CSN Mineração (CMIN3) ganhava 2,20%, CSN (CSNA3) subia 1,61%, Gerdau (GOAU4) avançava 1,84% e Vale (VALE3) se valorizava 0,80%.

A explicação para isso tem nome e sobrenome. Além de anunciar medidas de estímulo ao mercado imobiliário, o gigante asiático também cortou a taxa de depósito compulsório (RRR na sigla em inglês) em 0,25 p.p (pontos-percentuais) a partir de dezembro.

Em relação ao crédito, os bancos da China prometem oferecer pelo menos US$ 162 bilhões ao setor de imobiliário, que tem como objetivo aliviar a crise setorial que as construtoras nacionais têm passado.

“Acreditamos que esse é mais um sinal positivo que vemos do governo chinês em arrefecer o ritmo de desaquecimento do setor imobiliário, forte consumidor de aço e, por consequência, de minério de ferro. Porém, vemos a medida ainda como incipiente, de forma que precisamos aguardar os efeitos mais sólidos na economia do país asiático”, afirma Eduardo Nishio, head de research da Genial Investimentos.

Na visão da economista-chefe para a China do banco holandês ING, Iris Pang, além de ser uma injeção direta de capital, a iniciativa pelos bancos pode aumentar a cota de reempréstimos para pequenas e médias empresas, beneficiando a construção de projetos residenciais inacabados.

Esse estímulo, inclusive, fez o preço do minério de ferro disparar. Na bolsa de Dalian, a tonelada da commodity subiu 3,27%, negociada a US$ 105,8.

Ao mesmo tempo que o governo e os bancos anunciam incentivos para dar fôlego à economia, os casos de Covid-19 continuam em alta no país. A China reportou 32.943 novos casos da doença em 24 de novembro, uma leve alta em comparação com 31.656 novos casos no dia anterior.