Cruzeiro do Sul (CSED3) ganha mais tempo para negociar menos ações que o mínimo exigido

Cruzeiro do Sul é uma das quinze empresas que estão descumprindo regra do free float no momento, com autorização da B3

Foto: Divulgação / Cruzeiro do Sul

A B3, operadora da Bolsa brasileira, deu mais tempo para a Cruzeiro do Sul (CSED3) negociar menos ações no mercado do que deveria – uma decisão que pode afetar a liquidez dos papéis.

Em comunicado, a Cruzeiro do Sul disse que, até dezembro de 2023, poderá deixar em circulação papéis que representam apenas 15,36% do capital social da empresa.

Este índice, no entanto, é inferior ao que ditam as regras do Novo Mercado (NM) – segmento ao qual a Cruzeiro do Sul está vinculada e que é considerado o mais exigente do ponto de vista de regras de governança corporativa.

De acordo com as normas do NM, as empresas listadas nesse segmento devem disponibilizar para negociação livre em bolsa um mínimo de 25% das ações totais da empresa, ou, 15% caso o volume diário de negociações seja maior que R$ 25 milhões – o que não é o caso da Cruzeiro do Sul.

A empresa disse que pediu para negociar menos ações do que o exigido porque pode lançar um programa de recompra de papéis.

Atualmente, além da Cruzeiro do Sul, há pelo menos 14 empresas de capital aberto autorizadas pela B3 a descumprir o nível mínimo de ações em circulação no mercado – o chamado free float.

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O fato de as empresas reduzirem a quantidade de ações em circulação pode trazer algumas consequências para o investidor, como a menor liquidez e maior oscilação dos preços dos papéis. Além disso, pode facilitar, para os acionistas controladores, o fechamento de capital da empresa.

Por volta das 10h45, as ações da Cruzeiro do Sul caíam 0,83%, a R$ 3,57.

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