Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Cosan (CSAN3) tem prejuízo de R$ 202 milhões no 3º tri após lucro bilionário um ano atrás

A piora nos resultados da Raízen mais do que compensou a contribuição positiva da Rumo, diz a empresa

Foto: Shutterstock/T. Schneider

A Rumo (RAIL3) tentou salvar os resultados da Cosan (CSAN3), sua controladora, neste terceiro trimestre. No entanto, os fracos números reportados pela Raízen (RAIZ4), outra subsidiária do grupo, e o aumento das despesas financeiras da holding falaram mais alto, e a Cosan registrou prejuízo no período, revertendo o lucro bilionário anotado um ano antes.

No terceiro trimestre do ano passado, a Cosan havia registrado lucro líquido de R$ 3,26 bilhões – já no mesmo período deste ano, segundo o balanço publicado na noite desta sexta-feira (11), o resultado foi de prejuízo líquido de R$ 201,9 milhões. O número ficou bem abaixo do esperado pelo Santander, que projetava lucro de R$ 318 milhões.

A deterioração foi um pouco menor quando são eliminados efeitos que a Cosan classifica como pontuais e não recorrentes, como ganhos de créditos fiscais, perdas de inventário pela redução de impostos sobre a gasolina e efeitos de hedge. Nesta linha, a empresa terminou o trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 265,5 milhões, praticamente a metade dos R$ 531 milhões anotados um ano antes.

O principal motivo por trás da piora dos resultados foram os números divulgados pela Raízen na noite de ontem, que mais do que compensaram a contribuição positiva da Rumo. A Raízen fechou o trimestre com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 2,8 bilhões, queda de 14% na base anual, refletindo principalmente a queda nos preços dos combustíveis.

Outro fator que derrubou o desempenho foi a piora de 54,9% no resultado financeiro líquido, que passou de R$ 1,06 bilhão negativos no terceiro trimestre de 2021 para R$ 1,64 bilhão negativos em igual período deste ano.

Já o Ebitda da Cosan ficou em R$ 4,1 bilhões neste trimestre, 19% acima do reportado no mesmo período do ano anterior, devido ao resultado recorde da Rumo, além da consolidação da Commit e da PetroChoice, adquiridas recentemente.

A receita líquida, por sua vez, teve alta de 41% na mesma base de comparação, fechando o trimestre em R$ 43,75 bilhões.

A Rumo alcançou Ebitda recorde de R$ 1,4 bilhão no trimestre, 58% acima do registrado nos mesmos três meses de 2021, impulsionado principalmente pela alta no volume transportado, consequência de uma maior safra de milho, da forte sazonalidade em exportações, da maturação das operações da Malha Central e da melhor performance operacional.

A Compass, como mencionado, se beneficiou da consolidação dos resultados da Commit, adquirida em julho deste ano, e registrou alta de 11% no Ebitda ajustado entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período deste ano, para R$ 966 milhões.

Já a PetroChoice, adquirida em maio, impulsionou os resultados da Moove, que fechou o trimestre com Ebitda de R$ 245 milhões, expansão de 57% na comparação anual.

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.