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Cosan (CSAN3) dobra receita, mas lucro despenca com resultado financeiro e frustra analistas

Companhia terminou o trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 54 milhões

Foto: Shutterstock

A Cosan (CSAN3) registrou aumento de 69,4% em sua receita líquida no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passando, chegando a um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorde.

No entanto, a companhia não escapou do peso da taxa Selic, que pressionou seus resultados financeiros, fazendo com que o lucro líquido ajustado terminasse o trimestre em R$ 54 milhões, valor 95% inferior ao registrado nos mesmos três meses de 2021. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 1,97 bilhão.

O resultado ficou muito abaixo das expectativas de analistas do Santander, que projetavam um lucro liquido de R$ 1,311 bilhão, e da Ativa Investimentos, que esperavam R$ 1,043 bilhão.

Por outro lado, o forte desempenho operacional de todas as empresas do portfólio, diz a companhia, levou o Ebitda ajustado para o valor recorde de R$ 4,1 bilhões, crescimento de 35% versus o mesmo período do ano anterior.

“O resultado foi impulsionado pelo excelente desempenho operacional de todas as empresas do portfólio, destacando, na Raízen, os volumes comercializados superiores, com maior rentabilidade”, escreveu a Cosan, no relatório de balanço publicado na noite desta sexta-feira (12).

A margem Ebitda ajustada foi de 9,7%, baixa de 3,5 pontos percentuais na base anual. A receita líquida, por sua vez, subiu 69,4%, para R$ 42,78 bilhões.

Vale ressaltar que os números ajustados excluem eventos pontuais e não recorrentes, como ganhos de créditos fiscais, perdas de inventário pela redução de impostos sobre a gasolina, e efeitos de hedge. Os ajustes, segundo a Cosan, têm como objetivo manter uma base de comparação normalizada.

Subsidiárias

A Raízen, empresa de maior peso nos resultados do grupo, teve como destaque o aumento nos volumes de venda de combustíveis, açúcar e etanol, segundo a Cosan. Nesse contexto, a companhia alcançou um Ebitda ajustado de R$ 3,7 bilhões, alta anual de 55%.

A Rumo, por sua vez, tirou proveito da safrinha recorde e apresentou volumes fortes, segundo a companhia, o que levou seu Ebitda ajustado para R$ 1,2 bilhão, avanço de 5% na comparação com o segundo trimestre de 2021. A expectativa da Cosan é que essa tendência positiva se intensifique no segundo semestre.

Já a Compas teve alta anual de 35% no Ebitda ajustado, para R$ 878 milhões. Os resultados da empresa refletem, segundo a Cosan, ganhos de eficiência na Comgás e a consolidação da Sulgás, mais do que compensando a redução nos volumes industriais.

Na Moove, a estratégia de suprimentos e precificação, aliada à soma dos resultados parciais de empresas adquiridas recentemente, levaram o Ebitda ajustado para R$ 232 milhões, crescimento de 56% na base anual.

A Cosan Investimentos, enquanto isso, se beneficiou da valorização do portfólio de terras de uma de suas investidas, a Radar, e registrou Ebitda ajustado de R$ 105 milhões.

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