O ano está quase acabando, e o bode na sala representado pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios parece superado com a aprovação em dois turnos da proposta no Senado. Com o cenário um pouco mais claro para a política fiscal, os olhos se voltam para outro aspecto essencial da economia brasileira: a política monetária.
Na quarta-feira, dia 8, última reunião do ano, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decide a nova taxa básica da economia, a Selic. A expectativa é que o colegiado confirme a sinalização do comunicado anterior, quando os juros foram elevados para 7,75% ao ano, optando por uma nova alta de 1,5 ponto percentual.
Mais do que a decisão em si, os investidores estarão de olho no comunicado, que deve trazer pistas sobre o ritmo de aperto a partir de 2022. Parte dos investidores acredita que o BC pode indicar que irá tirar o pé do acelerador, em meio a sinais de que a atividade econômica está estagnada.
A decisão sai no final da tarde. Na manhã da quarta, às 9h, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) de outubro, que mostrará o comportamento do comércio no início do quarto trimestre.
No final da semana, na sexta, todos os olhos estarão voltados para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de novembro. O indicador para as primeiras duas semanas do mês, o IPCA-15, mostrou alta de 1,17%, acima das expectativas de mercado.
O último dia da semana também tem inflação na pauta nos EUA, com a divulgação do CPI (índice de preços ao consumidor) de novembro. O dado ajudará a embasar o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) na sua decisão de política monetária na semana que vem –lembrando que a expectativa é de retirada mais rápida dos estímulos à economia.
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Segunda-feira
Às 8h25, o Banco Central divulga o Boletim Focus, com as projeções de analistas para inflação, juros, câmbio e PIB.
A Anfavea (associação das montadoras) informa a produção e licenciamento de veículos em novembro.
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Terça-feira
Às 8h, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informa o IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) de novembro.
Às 7h, a Zona do Euro informa o PIB (Produto Interno Bruto) do bloco comercial no terceiro trimestre.
Às 10h30, a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos EUA informa a produtividade do trabalho no terceiro trimestre.
Às 17h, o Fed (banco central dos EUA) divulga o crédito ao consumidor em outubro.
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Quarta-feira
Às 8h, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informa o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) acumulado até 7 de dezembro.
Às 9h, sai a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) de outubro, do IBGE.
Às 14h30, o Banco Central informa o fluxo cambial semanal.
Às 18h30, o Copom (Comitê de Política Monetária) informa a nova taxa básica de juros da economia (Selic).
Às 12h, a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos EUA informa a criação de empregos nos EUA em outubro.
Às 12h30, o DoE (Departamento de Energia dos EUA) divulga os estoques atualizados de petróleo bruto.
Às 22h30, sai o CPI (índice de preços ao consumidor) da China em novembro.
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Quinta-feira
Às 8h, sai a primeira prévia de dezembro do IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Às 10h30, os Estados Unidos informam os pedidos de auxílio desemprego atualizados no país.
OS EUA divulgam o relatório USDA, com informações sobre demanda e oferta agrícolas no mundo.
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Sexta-feira
Às 9h, o IBGE divulga o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de novembro.
Às 10h30, os EUA informam o CPI (índice de preços ao consumidor) de novembro.