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Confiança do comércio atinge maior nível desde o Natal; ações como brMalls (BRML3) e Multiplan (MULT3) sobem

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela CNC, alcançou 120,2 pontos em maio

Foto: Shutterstock

Os comerciantes brasileiros estão mais otimistas em maio. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 120,2 pontos, após o volume de vendas no varejo apresentar altas consecutivas e surpreendentes.

Este é o maior nível desde dezembro de 2021, no período do Natal. O indicador chegou ao patamar com elevação de 5,7% na passagem mensal. Já na comparação com maio de 2021 o avanço é ainda maior: 31,6%.

Nesta sexta-feira, por volta das 13h40, algumas ações de empresas mais ligadas ao varejo físico operavam em alta, como as redes de shoppings brMalls, com avanço de 3,59%, e Multiplan, com valorização de 2,38% — que estavam entre os papéis do Ibovespa que mais subiam.

Algumas marcas que têm uma atuação mais forte no varejo físico também avançavam, como a Arezzo, com alta de 1,80%, e a Renner, com valorização de 0,53%. O varejo físico tem se recuperado gradualmente em razão da reabertura da economia, com o arrefecimento da pandemia.

O levantamento da CNC mostra também qual é a avaliação dos comerciantes sobre as condições atuais. Nesta métrica, o indicador chegou a 102,2 pontos e voltou à zona favorável (acima de 100 pontos). É o maior patamar desde abril de 2020, no início da pandemia.

Houve resultado positivo também no índice Expectativas do Empresário do Comércio, que com o percentual de 3,7% teve a primeira alta depois de quatro meses consecutivos de queda.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os dados indicam que os comerciantes esperam um segundo semestre mais favorável diante do contexto atual. “As variações positivas, entre janeiro e março, do volume de vendas, com mais pessoas circulando nas lojas, e o crescimento da Intenção de Consumo das Famílias, a despeito da inflação e dos juros altos, melhoraram a percepção dos empresários sobre as condições correntes”, afirmou.

Estoques

Segundo a CNC, apesar de os preços no atacado ainda comprimirem as margens e, dessa forma, alterarem a dinâmica de reabastecimento do comércio, a percepção sobre o nível dos estoques, no indicador Intenções de Investimento registrou a melhor pontuação desde abril de 2020. A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, entendeu que esse movimento demonstra que o comércio sentiu, em maio, mais facilidade de repor produtos nas prateleiras do que há um ano, quando o país ainda superava a segunda onda da pandemia de covid-19.

Conforme a CNC, a melhora da confiança das empresas de pequeno porte foi outro fator positivo no indicador. O otimismo do grande varejo cresceu 10,2% no ano encerrado em maio, mas nos pequenos empresários cresceu 32%. “A normalização do fluxo de consumidores nas lojas até abril animou os pequenos lojistas, já que a modalidade de venda em pontos físicos responde majoritariamente pelo faturamento dessas empresas”, mostrou a avaliação da entidade.

De acordo com Izis Ferreira, diante desse cenário, a CNC revisou para cima a projeção de crescimento das vendas em 2022 e estima um avanço de 1,5%. “Espera-se que as medidas de suporte à renda e ao consumo, como os saques extraordinários do FGTS e a antecipação dos benefícios do INSS, tenham efeitos mais concentrados no consumo e pagamento de dívidas na segunda metade do ano”, analisou.

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