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Cogna (COGN3): prejuízo ajustado cai 87,3% no 4º trimestre, para R$ 74,94 milhões

Empresa recupera parte das perdas registradas no quarto trimestre de 2020, quando foi pressionada pela reestruturação da Kroton

Foto: Shutterstock

A Cogna, empresa do setor de educação, registrou um prejuízo ajustado de R$ 74,94 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 87,3% em relação ao igual trimestre do ano anterior, onde havia anotado R$ 589 milhões em perdas.

A empresa também apresentou prejuízo no acumulado de 2021, mas com retração em relação a 2020. A companhia viu suas perdas passarem de R$ 845 milhões em 2020 para R$ 210 milhões no ano passado, um recuo de 75,1%.

Para a Cogna, a redução do prejuízo se deve a melhores resultados operacionais. A companhia afirma que o quarto trimestre de 2020 foi muito impactado pela reestruturação da Kroton, uma das marcas da companhias.

A margem líquida da companhia também melhorou, passando de 35,9% negativos no quarto trimestre de 2020 para 4,8% negativos no mesmo período em 2021.

No critério sem ajustes financeiros, a Cogna obteve lucro líquido de R$ 65 milhões nos últimos três meses de 2021, revertendo um prejuízo de R$ 4 bilhões no mesmo período do ano anterior.

Entre outubro e dezembro de 2020, lembrou a companhia, o desempenho havia sido afetado negativamente pelo reconhecimento de perdas de R$ 3,29 bilhões no valor recuperável de ativos.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente ficou positivo no trimestre final de 2021, e atingiu R$ 423,93 milhões. No mesmo período do ano anterior, o montante havia sido negativo em R$ 100,49 milhões. “Esse Ebitda do quarto trimestre traz a Cogna para um novo patamar de rentabilidade”, afirma a companhia em relatório sobre o balanço divulgado na noite de quinta-feira (24).

Na mesma base comparativa, a margem Ebitda reverteu um número negativo em um positivo, e atingiu 27,3% no trimestre final de 2021 ante -6,1% em 2020.

Receita e projeções para 2022

No último trimestre do ano passado, a receita líquida da empresa atingiu R$ 1,55 bilhão, o que representou uma redução de 5,6% comparado ao mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 1,64 bilhão.

A Cogna explica que o recuo ocorreu em razão da conclusão da venda da operação de escolas da Saber, em outubro, o que “reflete a mudança de mix, com maior participação do ensino híbrido/digital no ensino superior, em linha com o direcional estratégico de explorar o ensino digital como uma das avenidas de crescimento”.

No ano de 2021 inteiro, a receita somou R$ 5,28 bilhões, o que representa um recuo de 10,5% frente à 2020, quando  o montante somou R$ 5,89 bilhões.

A Cogna que mais de metade da receita da companhia em 2022 será relacionada ao ensino híbrido e digital, ensino médico e negócios de plataforma, podendo chegar até 70% em 2025.

“Para sustentar o crescimento do EAD (ensino a distância) já mencionado, tivemos um grande foco na expansão de polos parceiros, chegando a 2.517 polos em 2021. A meta de expansão do ano de 2022 é de 2.300 polos”, informa.

Em razão do prejuízo líquido verificado em 2021, a Cogna afirmou que não será efetuada a distribuição de dividendos.

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