As vendas no varejo subiram pelo oitavo mês consecutivo em junho, a um ritmo de 5,9% em relação a igual mês do ano passado, mas seguem abaixo do nível observado antes da pandemia da Covid-19, segundo dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) divulgados nesta segunda-feira (18).
O resultado de junho é ajustado para descontar a inflação acumulada até ali e foi parcialmente beneficiado pelo fato de em junho de 2021 haver menos lojas abertas que no mesmo mês deste ano.
“Esse resultado está ligado a menos lojas fechadas, em razão da pandemia da Covid-19, que há um ano. O macrossetor de serviços foi o que mais beneficiou as vendas, com destaque para turismo e transporte e bares e restaurantes”, explica Diego Adorno, gerente de produtos de dados da Cielo.
Em termos nominais, que mostram a receita das redes de varejo sem descontar a inflação, houve aumento de 22,8% nas vendas do setor.
No segundo trimestre, as vendas do setor de varejo aumentaram 10,7%, já descontada a inflação, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em termos nominais, a alta foi de 27,8%.
Já no recorte do primeiro semestre, as vendas no varejo subiram 9,7% frente ao período entre janeiro e junho de 2021, enquanto na percepção nominal a alta foi de 24,8%.
A primeira metade de 2022 foi marcada pelo repique de casos do novo coronavírus no início do ano pela disseminação da variante Ômicron, considerada mais transmissível, mas menos letal que as outras mutações do vírus.
A variação menos intensa no número de óbitos, também por causa da imunização de ampla parte da sociedade, não gerou a mesma interrupção das atividades econômicas como observado em outros períodos de aumento de contaminações.
Inflação do varejo vai a 16% em junho
A inflação do varejo ampliado apurada pela Cielo teve aumento de 16% em junho, acima do observado no mês anterior, e além dos 11,89% acumulados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial da inflação doméstica divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O cálculo da Cielo é feito com base nos setores do IPCA com maior peso sobre o ICVA.
Tirada a inflação, os macrossetores de bens não duráveis e de serviços registraram um crescimento nas vendas em comparação com o junho do ano passado. No primeiro caso, a alta foi puxada pelos combustíveis, enquanto serviços teve impulso de turismo e transportes.
Na outra ponta, setores de bens duráveis e semiduráveis tiveram queda com reflexo do recuo do varejo de materiais de construção.
Todas as cinco regiões do Brasil registraram alta em junho. A lista foi puxada pelo Norte (11,8%), seguida pelo Sul (9,6%), Nordeste (7,3%), Centro-Oeste (5,3%) e Sudeste (4%).
⇨ Acompanhe as notícias de mais de 30 sites jornalísticos de graça! Inscreva-se no TradeMap!