A operação brasileira da Latam Airlines não está à venda, de acordo com o diretor-presidente da empresa, Roberto Alvo, que evita uma possível oferta da Azul (AZUL4).
Em entrevista realizada na última quarta-feira, 02, Alvo afirmou que busca sair do processo de recuperação judicial aberto nos Estados Unidos em junho de 2020, não uma venda fragmentada de seu negócio, negando que a rival planejava efetuar tal compra.
“Não estamos considerando, de nenhuma maneira ou forma, a venda de qualquer um de nossos ativos neste momento”, disse o CEO. “Consideramos isso mais um sinal de preocupação da Azul, pois entendem que seremos um concorrente muito desafiador.”
No dia 24 de maio, a Azul informou que a parceria, conhecida no mercado como codeshare, firmada com a Latam em junho do ano passado havia chegado ao fim.
A parceria permitia a venda de passagens para voos da concorrente com ganho de comissão sobre as operações.
O CEO da Azul, John Rodgerson, disse que o encerramento do codeshare, pela concorrente, é “uma reação ao processo de consolidação [do mercado]”.
A empresa informou que contratou consultores e estuda ativamente as oportunidades de consolidação da indústria.
Segundo uma fonte conhecedora do assunto, a Azul está aguardando o plano de saída da recuperação judicial da Latam para realizar uma oferta diretamente aos credores latino-americanos da empresa e teria apresentado, sem sucesso, a ideia de comprar a rede brasileira.
A Latam ainda espera novas propostas de “financistas de apoio” durante as próximas semanas, enquanto segue elaborando o seu plano de saída da recuperação judicial, que deve acontecer até o final do ano, segundo o CEO.
*Com Bloomberg
Foto: Latam/Divulgação