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CCR (CCRO3) sobe 5,6% com possível entrada de fundo canadense; OPA é o objetivo, aponta jornal

Segundo o jornalista Lauro Jardim, a princípio, fundo mira a participação da Andrade Gutierrez na CCR

As ações da CCR (CCRO3) disparam na manhã desta segunda-feira (6). Investidores da empresa foram pegos de surpresa logo no início do pregão, com a notícia de que o fundo de pensão canadense Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), que faz a gestão de pouco mais de US$ 300 bilhões, teria interesse na companhia.

Segundo informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a princípio, o fundo mira a participação da Andrade Gutierrez na CCR. O CDPQ já teria dado o aval para o Bank of America e o Santander realizarem o negócio.

Por volta das 11h40, as ações subiam 5,65%, para R$ 13,27, e estavam entre as maiores altas do Ibovespa.

De acordo com a coluna, o objetivo do gigante canadense é outro: o de fechar o capital da companhia. Com a empresa hoje avaliada em R$ 26,52 bilhões, a oferta pública de aquisição (OPA, na sigla em inglês) poderia agitar o mercado.

Atualmente, a Andrade Gutierrez possui uma fatia de 14,86% na empresa, o que equivale a R$ 3,94 bilhões. A participação esteve prestes a ser vendida para a gestora brasileira IG4, mas as conversas foram encerradas no mês passado.

Questionada pela Agência TradeMap sobre a possibilidade, a CCR respondeu:

“A companhia não está envolvida na eventual negociação da Andrade com qualquer interessado. A informação que temos é que a Andrade quer vender as ações que ela detém da CCR. No momento, não temos qualquer informação adicional para compartilhar.”

Operação pode dar fôlego às ações da CCR

Embora as informações ainda estejam restritas, os investidores da CCR podem enxergar motivos para a animação — que se confirma com a alta das ações.

A possível saída da Andrade Gutierrez do capital da empresa pode melhorar a percepção de governança corporativa, pois representaria a mudança de perfil de investidores — de um player do setor de engenharia para um acionista controlador.

Uma possível oferta para fechamento do capital da empresa também pode dar fôlego para os papéis da CCR, já que a proposta viria com prêmio sobre o preço de tela desta segunda. Aliás, preço este que não se mexe há um bom tempo.

Enquanto os papéis da CCR recuam 1,28% nos últimos cinco anos, os da concorrente EcoRodovias (ECOR3) sobem 15%, e o Ibovespa, 67%.

Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap

Nesse período, por mais que o faturamento tenha tido considerável aumento, a companhia luta para recuperar a lucratividade.

A margem líquida da companhia, resultado da divisão do lucro líquido pela receita líquida, tem recuado, o que pressiona a cotação em Bolsa.

Fonte: TradeMap

Mesmo com toda a pressão sobre os papéis, a empresa não está uma barganha. Atualmente, a ação da CCR é negociada a 30,52 vezes o lucro dos últimos 12 meses.

O mercado, porém, mostra-se otimista. Segundo dados compilados pela Refinitiv, apresentados na plataforma do TradeMap, são 13 recomendações para a CCR, sendo oito de compra e cinco de manutenção. O preço-alvo mais alto, de R$ 22, perfaz um upside de 66%.

A CCR foi a primeira empresa a entrar no Novo Mercado da B3, em 2002. Seu ciclo na Bolsa brasileira pode ser encerrado com o interesse canadense. A ver nos próximos capítulos.

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