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Carrefour (CRFB3): parecer do Cade sobre compra do Grupo Big é positivo, dizem analistas

Impactos positivos da transação sobre os resultados devem começar a aparecer no segundo semestre

Foto: Divulgação

O parecer da Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) recomendando que o Carrefour (CRFB3) venda parte das lojas compradas do Grupo Big é favorável à companhia porque a empresa francesa terá de se desfazer de menos unidades do que se previa, segundo especialistas.

De acordo com a recomendação do Cade, que ainda precisa ser submetida a um julgamento no órgão, o Carrefour teria de vender uma quantidade inferior a 10% das unidades de varejo e autosserviço do Grupo Big. A expectativa dos analistas do Itaú BBA é que a porcentagem seja equivalente a algo próximo de 15 lojas.

“Quando a aquisição foi anunciada, devido a seu tamanho, esperávamos que a aprovação do Cade provavelmente requereria que a companhia respeitasse práticas concorrenciais. À época, estimamos que o Carrefour teria de abrir mão de algo entre 15 e 25 lojas. Depois da divulgação da análise concorrencial do Cade, acreditamos que este número esteja provavelmente na parte menor da previsão, o que vemos como levemente positivo”, disseram analistas do Itaú BBA, em relatório distribuído nesta quarta-feira (26).

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Quando anunciou a aquisição do Big, em março de 2021, o objetivo do Carrefour era aumentar sua presença em regiões como Nordeste e Sul.

A XP Investimentos afirmou em relatório que, mesmo com a recomendação do Cade, com a compra do Big o Carrefour atingirá mais regiões e terá oportunidades de expansão de formatos, em especial nos segmentos de atacado e hipermercados. O principal ponto positivo, porém, seria a afirmação da marca como uma das maiores do segmento.

“Com a transação, o maior ganho na nossa visão para o Grupo é a consolidação da sua posição entre as maiores empresas do segmento de varejo alimentar no Brasil, que vem com desafios principalmente de conversão de lojas das marcas e formatos do Grupo Big.”

O Itaú BBA classifica a ação do Carrefour Brasil como outperform, ou seja, espera que o papel tenha desempenho acima da média do mercado. O preço-alvo fixado pelo banco é de R$ 24 por ação.

A XP manteve sua recomendação neutra e preço-alvo de R$ 22,40, devido à expectativa de um curto prazo desafiador para o segmento de varejo do grupo. Além disso, a corretora menciona que os impactos positivos da aquisição sobre os resultados da empresa só devem começar a aparecer no segundo semestre.

De uma maneira geral, porém, o mercado parece otimista com as ações do grupo, de acordo com dados compilados pelo Refinitiv e disponíveis na plataforma TradeMap. Das 13 casas de análise consultadas, 11 recomendam compra de CRFB3, enquanto apenas duas têm classificação neutra. A mediana de preços-alvo é de R$ 25, o que equivale a uma alta de 61,7% em relação ao preço de fechamento de terça-feira. Por volta das 13h30, as ações tinham alta de 1,42%, a R$ 15,68.

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