As ações da Caixa Seguridade (CXSE3) sobem mais de 5%, reagindo aos resultados mais fortes que o previsto divulgados pela companhia. A previsão de que os números continuarão melhorando também ajuda a impulsionar os papéis.
No segundo trimestre, o lucro da Caixa Seguridade cresceu 60%, para R$ 681 milhões. O resultado desconsidera despesas incorridas com a consolidação dos resultados da companhia. Sem este ajuste, o lucro teria crescido 38,4%, para R$ 590,6 milhões.
O UBS-BB ressaltou que o lucro ajustado superou em 5% a previsão do mercado, e que o balanço trouxe também algumas boas notícias a respeito da operação. Entre elas estavam o aumento de 7% nos prêmios emitidos – o valor que o cliente paga à seguradora para se proteger de um determinado risco.
Outro fator favorável, diz o UBS, foi a queda de 12,6 pontos porcentuais do índice de sinistralidade, para 22,5%. Este indicador mostra a relação entre as indenizações pagas pela seguradora e a receita que ela obteve. Quanto menor o índice, melhor para os resultados.
Nos próximos trimestres, a expectativa tanto do UBS quanto do Itaú BBA é de que a Caixa Seguridade continue apresentando bom desempenho.
Um dos fatores por trás do otimismo do Itaú BBA é a perspectiva de manutenção dos juros em níveis elevados. Isso ajudou a companhia a gerar uma receita 17,4% maior com operações financeiras no segundo trimestre em relação a um ano antes, de R$ 332 milhões.
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Para o UBS, outro elemento que deve impulsionar os próximos resultados da Caixa Seguridade é o aumento na demanda por seguro prestamista associada ao Pronampe (Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
A nova fase do programa foi sancionada em maio e com isso os prêmios emitidos no segmento prestamista aumentaram 42,3% em relação ao primeiro trimestre. A tendência, segundo o UBS, é que a expansão continue forte.
Por volta das 11h45, as ações da Caixa Seguridade subiam 6,2%, para R$ 9,14. O UBS recomenda a compra da ação, com preço-alvo em R$ 11.
Dados do Refinitiv compilados pela plataforma TradeMap mostram que, dentre seis instituições financeiras consultadas, quatro sugerem a compra da ação da Caixa Seguridade, e duas indicam neutralidade (nem compra, nem venda). A mediana de preços-alvo da ação é de R$ 9,40, também com base nas estimativas de seis instituições financeiras.