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Caged: Mercado formal cria 313 mil vagas em setembro; mercado esperava 367 mil

Serviços puxam aumento, com 143,3 mil postos de trabalho com carteira assinada

Após dados divulgados nesta terça mostrarem que a inflação acelerou o ritmo de alta em outubro, outra notícia ruim para o mercado: o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) anunciou há pouco a criação de 313,9 mil postos de trabalho com carteira assinada em setembro, abaixo dos 367 mil, em média, projetados por analistas consultados pela Reuters. Em agosto, foram criadas 372,2 mil vagas formais no Brasil.

No acumulado do ano, o saldo é positivo em 2,512 milhões de empregos.

Com a reabertura da economia, consequência do avanço da vacinação no Brasil, são os serviços que vêm puxando o mercado de trabalho: foram 143,4 mil vagas com carteira no setor, seguidos de indústria (+76.169), comércio (+60.809) e agricultura (+9.084).

Por que esse dado é acompanhado pelo mercado? A geração de empregos com carteira assinada é um termômetro de como anda a atividade econômica no país e nos diferentes setores. Um número abaixo do esperado em um momento de retomada da economia mostra que a confiança de empresários pode estar um pouco menor do que o imaginado.

De qualquer forma, analistas não avaliam o dado de setembro como necessariamente ruim, já que está dentro das mínimas e máximas projetadas pelos diferentes agentes do mercado para o Caged.

“A despeito dos dados de confiança sinalizarem perspectivas ruins em relação ao mês de referência, a criação de vagas mostrou resiliência, refletindo, em parte, a sazonalidade positiva do período e a continuidade da retomada da mobilidade social, o que pode ser observado pela forte criação de vagas no setor de serviços”, avaliou o BTG Pactual Digital, em relatório.

O que esperar para os próximos meses? A expectativa dos analistas do BTG é positiva, já que ainda há espaço para retomada em alguns segmentos de serviços. “Além disso, a necessidade de recomposição de estoques na indústria de transformação pode ser um catalisador para a continuidade de dados positivos no grupo.”

Apesar disso, há risco no horizonte, pois o cenário é de inflação cada vez maior e necessidade de alta nos juros básicos.

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