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BTG vê expansão das margens de Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) no 2º tri, mas alta na inadimplência

Itaú deve reportar lucro líquido de R$ 7,4 bilhões no período e Bradesco de R$ 6,9 bilhões

Foto: Divulgação

O setor bancário está preparado para enfrentar o cenário atual, de taxa de juros e inflação em alta. Esta é a análise do BTG Pactual que, depois de se reunir com as administrações do Itaú Unibanco (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4), reforçou sua visão de que os dois bancos devem ser capazes de cumprir suas projeções de resultados para o segundo trimestre.

“Os bancos brasileiros estão acostumados a operar em ambientes como o que estão enfrentando agora. É um cenário muito mais familiar do que o anterior, com a Selic em patamares muito baixos, capital barato para novos entrantes e um regulador primariamente focado em impulsionar a concorrência”, explicam os analistas, em relatório distribuído nesta terça-feira (21).

Tendo em vista o ambiente de alta de juros e inflação, que tende a pressionar a inadimplência, sobretudo no segmento de empréstimos à pessoa física, os analistas do BTG Pactual reiteraram sua preferência por ações de valor dentro do universo de instituições financeiras, devido à maior participação de crédito corporativo em seus portfólios.

Nessa linha, o BTG reiterou sua preferência pelas ações de Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú. Apesar de não estar entre as favoritas, o banco também recomenda compra para o papel de Bradesco (BBDC4).

Itaú e Bradesco no foco

Para o Itaú, a projeção do BTG é de lucro líquido de R$ 7,4 bilhões, o que corresponde a uma alta de 0,4% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 13% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. O banco de investimentos reconhece, porém, que suas estimativas podem ser conservadoras.

Entre os destaques, o BTG espera ver crescimento na originação de crédito consignado, cautela em empréstimos imobiliários e automotivos, expansão nas provisões e bom controle de custos.

No caso do Bradesco, por sua vez, o banco espera lucro líquido de R$ 6,9 bilhões (alta de 1% na comparação trimestral e de 9% na comparação anual). Para o trimestre, o banco espera um crescimento na inadimplência, mas ainda não a níveis preocupantes, e uma leve desaceleração na originação de crédito.

O que esperar para os bancos brasileiros?

Em relação ao crédito, a expectativa do BTG é que haja uma desaceleração de crescimento até o final do ano, uma vez que, apesar de o mercado permanecer relativamente ativo, a originação de crédito vem desacelerando.

A inadimplência, por sua vez, deve continuar crescendo, principalmente nos segmentos de varejo e empréstimos para pessoa física. O ponto positivo, porém, é que para os grandes bancos este segmento não corresponde a uma parcela tão significativa da carteira de crédito.

O crédito corporativo e de atacado, que corresponde à maior parte dos portfólios, tem performado bem – o que, junto com os bons números de margem financeira líquida, taxas e seguros, devem sustentar os níveis atuais de retorno sobre o patrimônio.

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As provisões para perdas, por sua vez, também devem subir, o que pode ser parcialmente compensado por um fortalecimento na recuperação de créditos em atraso.

A margem financeira líquida de clientes deve apresentar expansão trimestral saudável, diz o BTG, que aponta ainda que os negócios de seguros devem surpreender positivamente e as taxas e despesas operacionais devem permanecer estáveis – o que, considerando o atual cenário macroeconômico, é uma boa notícia.

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