A queda de quase 15% no preço das units do BTG Pactual (BPAC11) em junho abriu uma oportunidade de compra dos papéis antes de o banco apresentar os resultados do segundo trimestre, que devem mostrar um lucro tão forte quanto o dos primeiros três meses do ano, segundo o Itaú BBA.
Em relatório, o Itaú aponta que a desvalorização nas units do BTG foi resultado da piora no clima do mercado – que está mais avesso ao risco por receios com a possibilidade de desaceleração da economia mundial – e da possibilidade de o lucro de quase R$ 2 bilhões no primeiro trimestre ter sido um caso isolado.
“Achamos que os resultados do segundo trimestre devem colocar um ponto final nesta preocupação”, disse o Itaú BBA, acrescentando que a previsão é de que todas as divisões do BTG Pactual apresentem crescimento sequencial na receita. Já o lucro deve somar R$ 1,98 bilhão, alta de 2% na comparação com o primeiro trimestre e de 18% em relação ao segundo trimestre de 2021.
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Os destaques devem vir de áreas cujos resultados dependem da cobrança de tarifas – como a de banco de investimentos e gestão patrimonial -, o que deve ajudar a afastar os receios com o impacto que o BTG Pactual poderá sofrer em caso de piora na qualidade dos empréstimos.
O Itaú BBA recomenda a compra das units do BTG Pactual e estima um preço justo de R$ 35 para os papéis. A avaliação segue o consenso do mercado – de 8 instituições financeiras consultadas pela Refinitiv, sete sugerem aos investidores que incluam a empresa na carteira, com preço-alvo de R$ 33, segundo dados disponíveis na plataforma TradeMap.
Por volta das 11h55, as units do BTG Pactual subiam 4,25%, para R$ 22,55, registrando uma das maiores altas dentre os componentes do índice Ibovespa.