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Briga por clientes limita alta de preços e pode prejudicar empresas de saúde, diz Bank of America

Uso de serviços destas companhias deve crescer mais do que as receitas, avalia o banco

Foto: Shutterstock

A partir da análise dos dados de reajuste de preços de planos de saúde em agosto divulgados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), analistas do BofA (Bank of America) destacam que a forte concorrência por clientes em algumas regiões do país tem impedido que as companhias elevem seus preços tanto quanto costumavam.

Diante disso, a expectativa do banco é que os índices de sinistralidade, que devem seguir elevados, pesem ainda mais sobre os resultados das companhias, que não serão capazes de diluir essas despesas por meio de um aumento de preços equivalente.

“Os números da ANS trazem clareza sobre um cenário desafiador para o segmento de saúde”, afirmam Fred Mendes, Gustavo Tiseo, Mirela Oliveira e Lucca R. Brendim, analistas do BofA, em relatório distribuído nesta quarta-feira (5). “Esperamos que a sinistralidade permaneça mais alta do que os níveis históricos, pois a utilização de serviços ainda está crescendo rapidamente, contra o baixo crescimento das receitas”, completam.

Essa tendência, aponta o BofA, fica evidente em regiões como Minas Gerais e Mato Grosso, onde os reajustes médios desde o início do ano são de 7,1% e 3,6%, respectivamente.

Os reajustes de preço têm sido ainda mais baixos para as empresas verticalizadas – isto é, aquelas que oferecem aos clientes não apenas os planos de saúde, mas também serviços médicos. Enquanto as operadoras de planos puras têm elevado seus preços de 15% a 20%, as verticalizadas vêm praticando reajustes de cerca de 10%.

Porém, até mesmo as operadoras que têm praticado reajustes em linha com suas médias históricas devem sofrer com essa tendência, uma vez que os aumentos de preço em 2020 e 2021, em meio à pandemia de Covid-19, foram muito baixos.

Assim, de uma maneira geral, a perspectiva do banco americano é que, mesmo com os reajustes menores, os players verticalizados deverão ter vantagem neste cenário, uma vez que têm uma maior capacidade de controlar custos.

Confira as recomendações do BofA para as ações do setor.

Ação Recomendação
Dasa (DASA3) Compra
Fleury (FLRY3) Compra
Hapvida (HAPV3) Compra
Rede D’Or (RDOR3) Compra
Viveo (VVEO3) Compra
Mater Dei (MATD3) Neutra
Odontoprev (ODPV3) Neutra
Qualicorp (QUAL3) Underperform (equivalente a venda)
Fonte: Bank of America

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