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BRF (BRFS3) sobe com recomedação do Credit, enquanto Ibovespa tem leve queda, à espera de Fed

À espera da decisão do Fed, índice está em baixa desde a abertura, enquanto o setor frigorífico puxa as maiores altas

Desde o começo do pregão, a BRF (BRFS3) é uma das empresas que puxam a fila das maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira, dia 5 de janeiro. Por volta das 13h45, a companhia apresentava avanço de 3,75%, a R$ 23,26, atrás apenas da Ecorodovias, que subia 4,57%.

A valorização da BRF, assim como de outros frigoríficos, ocorre após o Credit Suisse publicar um relatório, nesta quarta-feira, dia 5, no qual passa a recomendar a compra do papel da empresa. Até então, o banco suíço tinha uma posição neutra em relação à ação. O preço-alvo, com isso, subiu de R$ 22 para R$ 30,07.

Segundo a instituição, as mudanças recentes nos preços dos grãos e novas premissas de custo de capital próprio causaram a troca de recomendação. O banco suíço reconhece que os próximos trimestres serão difíceis para a empresa, em razão da pressão de despesas, mas acredita que a ação está com um “bom ponto de entrada”.

“A execução da equipe de gestão provou ser bem-sucedida e esperamos que os resultados melhorem gradualmente”, afirma o banco, em relatório assinado por Victor Saragiotto.

Os outros frigoríficos também apresentam alta, mas segundo o economista e estrategista Gustavo Cruz, da RB Investimentos, trata-se de uma resposta à queda sofrida ontem, quando as empresas foram penalizadas pelo anúncio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que prometeu intervenções no setor para combater conglomerados.

Veja a performance das empresas de alimentos processados na bolsa às 13h45:

Fonte: Trademap
Fonte: Trademap

 

Dentre as quedas, empresas do ramo de varejo, programas e serviços puxam a fila, com destaque para a Locaweb (LWSA3), caindo 5,72% às 13h45.

Ibovespa

O avanço do setor na Bolsa, porém, não tem sido suficiente para levar o Ibovespa para o terreno positivo. Com o índice em queda desde a abertura, os investidores seguem na expectativa da ata da última reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que será publicada às 16h.

Por volta das 13h45, o índice tinha recuo de 0,71%, operando aos 102.780 pontos, acompanhando a tendência nos EUA. O S&P 500 tinha baixa em 0,27% e o Nasdaq caía 1%. A única alta em Wall Street fica por conta do Dow Jones, com 0,18% . Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 subia 0,60%; o FTSE 100, de Londres, 0,16%, e o DAX, na Alemanha, tinha alta de 0,70%.

A espera pelo comunicado tem mexido com os mercados globais. O documento pode indicar quando o banco central norte-americano irá começar a aumentar as taxas de juros. No último mês, a instituição anunciou que elevará os juros dos EUA três vezes em 2022, para cerca de 0,9% ao ano.

Para Cruz, o mercado está dividido nas expectativas, e que a decisão de hoje é importante devido aos dados de mercado de trabalho que foram divulgados hoje, que mostraram uma criação de 807 mil empregos nos EUA em dezembro, segundo a Automatic Data Processing (ADP).

O estrategista da RB Investimentos acredita que, para além das vagas criadas, um fator determinante que mexe com o Fed é o aumento da média dos salários dos norte-americanos. “A quantidade de dólar ganho por hora aumentou pelo aquecimento do mercado e oportunidades. Diante disso, existem duas vertentes no Fed. Primeiro os que acreditam que isso tem que acontecer, já o outro acredita que isso pode gerar um aumento inflacionário, e que o ideal é pisar no freio (na política monetária)”, comentou.

Segundo Cruz, também pesam, no Brasil, as incertezas relacionadas a 2022. “Todos estão ponderando pelos juros em alta e eleições”, afirmou.

 

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